As divisões do PSDB ficaram claras na convenção estadual que elegeu Marco Vinholi, 34 anos, o novo presidente do partido em São Paulo.
De um lado, o ex-prefeito da capital e hoje governador do Estado, João Doria, e nomes mais jovens do partido. Do outro, a velha guarda, cujo nome mais forte é o do ex-governador Geraldo Alckmin.
Os dois grupos têm ideias diferentes sobre como reerguer a legenda, que perdeu muito prestígio nos últimos tempos. A disputa pode ter impacto nas administrações da prefeitura paulistana e do governo do estado.
Alckmin assumiu a pregação pela volta dos tucanos às origens. Isso significaria dar maior atenção às políticas sociais, como as de saúde e educação básica. Sua gestão, porém, deixou a desejar nessas áreas.
Já Doria falou em renovação, algo que ainda não se sabe direito o que quer dizer na prática.
Ele chegou à política pelas mãos de Alckmin, mas logo se afastou do padrinho: em vez de prefeito, queria ser presidente da República. Acabou ficando com o Bandeirantes, enquanto o ex-governador teve um desempenho vergonhoso na corrida pelo Planalto.
Doria agora vai se preparando para a sucessão de Jair Bolsonaro (PSL). Montou um secretariado com nomes de peso na área técnica e representantes de partidos importantes.
Se quiser mesmo voar mais alto, vai ter de mostrar capacidade de negociar com o Legislativo e conduzir as políticas públicas. Ser ambicioso e bom de voto não basta para resolver os problemas de governo.
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