Protesto contra quê?
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Ainda não deu para entender direito o sentido das manifestações marcadas para hoje em todo o país. Aliás, nem se sabe ao certo quais são os grupos que estão organizando esses atos.
Cada um diz uma coisa diferente. Pode ser para apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Pode ser para criticar os partidos do centrão e os conchavos da política. Ou para defender a Lava Jato.
Alguns mais radicais falam contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Isso é um perigo: tem cara de ataque à democracia e aos limites que existem para a autoridade do presidente.
Claro que existem defeitos em todos os Poderes, mas ninguém tem o direito de impor a sua vontade no grito. O governo já sofreu algumas derrotas, sim. Para citar um caso, teve de recuar no decreto polêmico que ampliou o porte de armas. Isso está dentro das regras do jogo.
O próprio Bolsonaro percebeu que estimular os protestos poderia ser uma fria. Vai que não aparece muita gente na rua, para início de conversa.
Não foi à toa, portanto, que ele descartou participar dos atos e desencorajou a presença de seus ministros. Também condenou os ataques contra o Congresso e o STF. Antes assim.
O presidente está apenas no quinto mês do mandato. Além dos problemas naturais de governo, que não são poucos, ele e sua equipe criaram outros por falta de habilidade e bom senso. As críticas do ministro da Educação às universidades, por exemplo, provocaram manifestações em defesa da educação, nas quais a oposição pegou carona.
Bolsonaro tem muito a fazer e tempo de sobra para mostrar serviço. Partir para a briga agora não adianta nada --se é que não vai aumentar as dificuldades.