Sobrou para o trabalhador
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Uma pesquisa feita com dados da SPTrans -a empresa que administra o transporte público na capital paulista- aponta que disparou o uso do vale-transporte nas linhas de ônibus.
A mudança não chega a ser uma surpresa. A partir do dia 1º de março, a prefeitura alterou as regras do bilhete do trabalhador e reduziu a quantidade de viagens permitidas.
Antes, pagando a tarifa de R$ 4,30, o passageiro embarcava em até quatro ônibus em duas horas. Agora, só pode viajar duas vezes em um intervalo de três horas.
A medida impacta quem mora em bairros distantes e precisa pegar mais ônibus para chegar à região central.
É por isso que o uso do vale-transporte explodiu e pode complicar a vida do assalariado. Sem falar em quem está pagando as passagens extras do próprio bolso ou até mesmo percorrendo trechos a pé para economizar.
A confusão foi parar na Justiça. Ações coletivas derrubaram o decreto da gestão Bruno Covas (PSDB), que vem recorrendo das decisões.
A prefeitura diz que cabe ao patrão bancar os custos de transporte de seus empregados. Assim, sobra mais grana para a gestão investir em saúde, educação e habitação.
O argumento é razoável, mas o trabalhador fica num beco sem saída. Com o fantasma do desemprego, levar mais gastos ao empregador pode provocar uma demissão.
Afinal, para economizar com as tarifas, o patrão pode muito bem trocar o seu funcionário por outro que more mais perto do emprego.
Enquanto essa situação não se resolve, o trabalhador, como sempre, vai pagar o pato.