E agora, prefeito?
Bruno Covas entra em saia justa ao falar de Aécio Neves
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), acaba de entrar numa saia justa. Há pouco mais de um mês, ele resolveu falar grosso com a ala mineira do PSDB que resistia a expulsar do partido o ex-candidato à Presidência Aécio Neves, hoje deputado federal.
Um dos líderes do tucanato paulista ao lado do governador João Doria, o prefeito deu uma espécie de ultimato ao diretório nacional da sigla com um desafio público: “Ou eu ou ele”.
Se a aposta foi alta, o tombo também. Na quarta-feira (21), em Brasília, o Conselho de Ética do PSDB bateu o martelo e ficou ao lado do ex-governador mineiro. Além do relator do caso, outros 30 de 35 correligionários rejeitaram o pedido de expulsão e impuseram uma dolorosa derrota a Doria e Covas.
Ainda que tenha perdido força eleitoral e não consiga explicar os sinais de envolvimento em corrupção, Aécio provou que ainda dá as cartas no partido.
Essa confusão toda, porém, não se trata apenas de uma rixa entre mineiros e paulistas. O que está no horizonte é a corrida ao Palácio do Planalto em 2022, na qual Doria já se posiciona como um candidato certo. “O derrotado nesse caso não foi quem defendeu o afastamento de Aécio. Quem perdeu foi o Brasil”, rebateu o governador paulista.
Até onde se sabe, salvar a pele de Aécio seria uma forma de conter o ímpeto do grupo de Doria, que tenta levar a legenda para a direita. Um bom exemplo disso é a chegada do deputado Alexandre Frota (SP), um ex-bolsonarista.
No caso de São Paulo, o prefeito até agora não indicou se cumprirá a promessa de deixar o PSDB, o que poderia mudar as peças do jogo para a sua tentativa de reeleição no ano que vem.