Uma estrada, duas realidades

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São Paulo costuma se orgulhar de suas estradas, e com razão: segundo a Pesquisa Nacional de Rodovias de 2018, das 20 melhores do país, 16 ficam integralmente no estado (as outras quatro também cortam municípios paulistas).

Não é à toa que motoristas, ao se aproximarem da capital, se surpreendem ao deixar a extensão administrada por uma concessionária. A partir daí, no trecho urbano, sob responsabilidade da Prefeitura de São Paulo, tudo muda de figura, como mostrou o Vigilante Agora.

São os casos, por exemplo, da Anchieta e da Imigrantes, boas rodovias que ligam São Paulo à Baixada Santista. 

Perto da capital, o asfalto bem cuidado dá lugar a remendos e buracos. Entulho e lixo também se acumulam em canteiros, praças e calçadas.

A crise econômica trouxe ainda um novo risco. Ambulantes extrapolaram os limites das marginais e avançaram para as duas estradas, além da Raposo Tavares e da Dutra. Eles se aproveitam do tráfego intenso para circular entre os carros, o que pode provocar acidentes.

O perigo também está nas calçadas, seja pelo medo de assalto nos pontos de ônibus ou pela falta de acostamentos --na Raposo, apenas uma mureta baixa separa os pedestres da pista, e não há sinalização específica na via.

A gestão Bruno Covas (PSDB) afirma que contratou cem equipes para combater o comércio irregular na cidade, o que inclui os trechos citados. Em relação à sujeira e aos buracos, as subprefeituras prometeram vistorias.

As rodovias paulistas não são de qualidade por acaso. Paga-se caro nos pedágios, e é obrigação das concessionárias mantê-las assim. A prefeitura da capital também tem de fazer sua parte.

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