Quem deve pagar mais imposto
Área econômica apresenta ideias para mudar cobrança
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Depois de perder meses em bobagens como a ressurreição da CPMF, a área econômica do governo Jair Bolsonaro começa a apresentar ideias mais sensatas para mudar os impostos no país.
Um entendimento simples e correto foi apresentado na quarta (20) pelo secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, que está há apenas dois meses no cargo. Ele apoiou a ideia de reduzir a taxação do consumo —que encarece demais as mercadorias e serviços— e elevar a da renda (dos ricos, espera-se).
Em bom português, é um jeito de redistribuir a conta imposta à sociedade para o sustento da União, dos estados e dos municípios. O caminho proposto é mais justo e favorável à maioria.
O Brasil, como se sabe, taxa em demasia seus cidadãos —cerca de um terço da grana das pessoas e empresas vai para o setor público na forma de tributos.
Isso acontece aqui por causa de um monte de impostos e contribuições incidentes sobre o consumo, que arrecadam quase 16% da renda do país. Nas nações mais desenvolvidas, a média é de 11,2%.
Esse tipo de tributação prejudica, principalmente, a população pobre, que destina parcela maior de sua renda à compra de produtos. Milionários e miseráveis pagam a mesma quantidade de imposto quando comem um pão na padaria.
O Brasil, porém, não arrecada grande coisa com a taxação direta da renda, ou seja, de salários, lucros, aluguéis e juros recebidos. Ela leva 6,2% da grana aqui, contra 11,4% na média dos desenvolvidos.
Faz sentido, portanto, cobrar mais da turma do andar de cima. Já se fala, por exemplo, em elevar a alíquota máxima do IR de 27,5% para 35%.
Não vai ser fácil, certamente. Mas pelo menos está no rumo mais justo.