Obras empacadas
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Na longa lista de problemas dos governos brasileiros de todos os níveis, a incapacidade de fazer obras no prazo previsto ocupa um lugar de destaque.
As causas são muitas e antigas: planejamento malfeito, burocracia, falta de grana, gestão ruim e, claro, corrupção. O estado mais rico do país está longe de ser uma exceção nesse panorama.
Desde abril de 2019 o Tribunal de Contas paulista vem produzindo um amplo mapa de obras paralisadas ou atrasadas no estado. No levantamento encerrado em janeiro, o órgão listou 1.412 empreendimentos nessa situação. Desse total, 716 encontravam-se parados e 696 já deveriam ter sido inaugurados. Os contratos referentes às obras estagnadas somam cerca de R$ 43 bilhões, dos quais já foram pagos R$ 14,4 bilhões.
Os números seriam ainda maiores se o trabalho incluísse a capital, que possui seu próprio tribunal de contas.
A área que concentra o maior número de construções problemáticas é a educação, com 315. Atrás, vêm equipamentos urbanos (227), mobilidade (214) e saúde (151). Destacam-se ainda, nessa lista, quatro órgãos estaduais --CDHU (companhia habitacional), CPTM (trens), Metrô e Dersa (rodovias)--, incumbidos de grandes obras como os trechos da Nova Tamoios que deveriam estar prontos desde 2015, e da linha 17-ouro, aguardada desde a Copa do Mundo de 2014.
Por mais que haja muitos responsáveis por essa situação, os sucessivos governos tucanos no comando do estado há mais de 20 anos não podem deixar de levar grande parte da culpa.
Essa ineficiência resulta em dinheiro do contribuinte jogado fora, empregos que deixam de ser criados e serviços não prestados à população paulista.