Reabrindo São Paulo
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Mesmo que apareça uma vacina eficaz para a Covid-19 em prazo recorde, levará meses, ou mesmo um par de anos, até que possamos voltar a circular como antes, sem maiores preocupações. Não será possível, claro, passar todo esse tempo sob quarentena rígida.
Os planos de reabertura têm de ser feitos com base na ciência, mas cabe lembrar que não nem toda a ciência envolvida nesse caso é exata. O comportamento do público, para citar um exemplo, costuma ser difícil de prever.
A partir da experiência internacional, o Brasil deveria aprender que há grande risco em reabrir comércios e serviços enquanto a circulação do vírus ainda está alta. É preciso também que os serviços de saúde operem com folga nas áreas reservadas para a doença.
Na cidade de São Paulo, o pico da epidemia parece já ter passado. Os números de novas infecções e de óbitos vêm caindo, e os hospitais operam com níveis confortáveis de demanda. O quadro não autoriza liberação irrestrita, mas permite que se vá reabrindo aos poucos, como vem ocorrendo já há algumas semanas.
Exemplos de outros países ensinam que atividades ao ar livre são as mais seguras, ainda que não dispensem o uso de máscaras nem o distanciamento. É estranho que a reabertura de parques paulistanos tenha ficado para depois.
Em ambientes fechados, situações em que clientes e atendentes trocam poucas palavras, como no comércio, implicam menos riscos do que aquelas em que as interações são mais longas, como acontece em bares e igrejas.
Agora cumpre conduzir os próximos passos de reabertura com apoio de estatísticas e, principalmente, a coragem de recuar caso surjam repiques de contágio.