Sem ficar em cima do muro, o que está em jogo nessas semifinais da Liga dos Campeões, que começam hoje, no duelo dos azarões Tottenham (ING) e Ajax (HOL), e prossegue, amanhã, com Barcelona (ESP) e Liverpool (ING), é a definição do campeão e do vice desta edição do torneio. O primeiro encontro é como se fosse uma preliminar, os dois clubes podem engrossar, mas não têm chances de derrotar, no dia 1º de junho, em Madri, o vencedor do outro mata-mata.

O argentino Mauricio Pochettino, técnico do Tottenham, apontou, ontem, como favorito o “time que tem Messi”. A fase do seu compatriota realmente é exuberante. Desde que virou estrela, o camisa 10 do Barça entendeu os limites dos seus 31 anos e nunca jogou tão pouco até chegar a maio de uma temporada. Foram 45 jogos, sendo 38 como titular. Além disso, o craque passou a barreira dos 40 gols pelo décimo ano consecutivo.

Messi é um fator de desequilíbrio, mas o Liverpool é muito bem treinado pelo alemão Jürgen Klopp, um entusiasta do futebol agressivo e ofensivo. A equipe está mais “cascuda” após a segunda colocação na última Liga dos Campeões.

Os gols do Barcelona são concentrados em Messi. Foram 10 dos 23 anotados pela equipe. Ex-Liverpool, Luis Suárez não anotou nenhum, e o meia-atacante Philippe Coutinho marcou três. Cada um do trio ofensivo formado pelo brasileiro Roberto Firmino, que é dúvida, o egípcio Salah e o senegalês Sadio Mané fez quatro gols dos 18 do Liverpool. Eles têm bola para provocar muitos danos à retaguarda do Barça.

Para quem gosta de retrospecto, outro dado anima os Reds. Nos mata-matas contra o Barça em competições europeias, o Liverpool eliminou o time espanhol nas três oportunidades.