A televisão me deixou burro, muito burro demais, agora todas coisas que eu penso me parecem iguais... Alô, povão, agora é fé! Sou contra o lixo do VAR antes de ser moda.
O melhor texto que li a respeito, sem nepotismo, foi de Marcos Guedes, neste Agora, quando ele escreveu sobre a “morte do gol”, tragédia que o mundo assistiu anteontem, com a anulação do tento do City, no ocaso dos acréscimos, que valeria a classificação sobre o Tottenham.
Aconteceu o mesmo na final da Copa do Brasil (com o gol anulado de Pedrinho contra o Cruzeiro), na final da Copa (quando o apito inventou um pênalti para a França) e, horas depois de City 4 x 3 Tottenham, o lixo do VAR parou o Gre-Nal por nove minutos e estragou a decisão inventando um pênalti bizarro para o Grêmio.
O ponto não é nem o acerto ou erro das marcações (até porque futebol não é matemática, é interpretação e, com ou sem o lixo do VAR, os erros e as discordâncias não foram alterados em nada), mas a morte do jogo, da alma do futebol, do espírito. De novo, a morte do gol, do grito de gol e até do “não gol”, que, depois de minutos, vira gol e ninguém comemorou na hora.
Sugestão aos idiotas da objetividade, essa gente que gosta desse lixo de VAR e argumenta com a falácia da justiça: xadrez não tem interferência do apito, o campo, digo, o tabuleiro é igual em Moscou, em Cidade Tiradentes ou em Bofete... Justo e mala, como futebol com VAR.
É melhor, muito melhor, que o futebol seja justo, é desejável, é uma meta, mas não é fundamental. O fundamental é o futebol existir. E o VAR, (nem sempre) justo, não mata a injustiça, mata o gol, mata o futebol!
Nelson Rodrigues: “O videoteipe é burro”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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