Preguiçoso, Timão quase se complica contra o Ceará
Corinthians perde em Itaquera e só avança na Copa do Brasil graças à vantagem conquistada no jogo de ida
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Ainda que o torcedor corintiano esteja acostumado a sofrer —seja na pele ou ouvindo as histórias que os mais velhos contam—, poucos imaginavam que a equipe passaria por apuros contra o Ceará, depois de abrir 3 a 1 no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Pois foi o que aconteceu na noite desta quarta-feira (3) em Itaquera.
O Timão até empolgou nos primeiros 15 minutos, mas depois se sentou em cima da vantagem, foi castigado com um gol marcado por Roger no segundo tempo e só não perdeu por placar maior do que 1 a 0 porque Walter fez duas grandes defesas no fim.
Se o segundo gol do Vozão tivesse saído, a vaga na quarta fase da Copa do Brasil _a última antes das oitavas de final_ seria decidida nos pênaltis. E desta vez Cássio não estaria ali, como contra a Ferroviária, no Campeonato Paulista. Uma bobagem de Ralf aos 18min do segundo tempo obrigou o goleiro a sair da área e evitar com a mão o gol de Ricardo Bueno. O Gigante nem questionou o cartão vermelho: cumprimentou o juiz e saiu lentamente de campo, aplaudido.
A expulsão deixou a formação mosqueteira mais retraída e deu sobrevida a um time que não se mostrava capaz de incomodar. No primeiro tempo, mesmo com futebol preguiçoso e cheio de bicões, o Corinthians teve as melhores chances: a bola na trave de Clayson, aos 5min, e um lance aos 29min em que Love, sozinho na área, só não marcou porque não estava equilibrado para finalizar.
O segundo tempo começou com Carille pedindo para seus jogadores adiantarem a marcação, mas de nada adiantou. E nem mesmo o técnico fez questão de que o Timão atacasse após perder seu goleiro. Walter entrou no lugar de Clayson, mostrando que Gustagol serviria apenas para ajudar a fechar espaços.
O Ceará aceitou o convite. O sinal de que o gol sairia foi dado por Fernando Sobral, que acertou a trave aos 38min. Roger, justo ele, fez aos 43min o que não costumava fazer com a camisa corintiana. Com a cabeça, o atacante aproveitou um cruzamento da esquerda.
O drama era tão surreal que Ralf, em plena arena, mostrou-se perplexo com os seis minutos de acréscimo. O Ceará pressionou, mas Walter salvou. E a exemplo dos duelos com Ferroviário e Avenida, o Corinthians avançou no sufoco.