Tricolor e Timão iniciam a decisão
Antes desacreditados, rivais dão volta por cima e se enfrentam às 16h
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Menosprezado por alguns, o Campeonato Paulista se agiganta na fase final. É capaz de mudar a realidade de equipes desacreditadas no decorrer da competição. É o milagre da rivalidade. Que concede tranquilidade para quem não tinha havia tempos. Que faz do jogador questionado uma unanimidade com a torcida.
O Corinthians e o São Paulo são dois dos exemplos mais bem acabados dessa realidade. Os finalistas do Paulistão estavam longe do afago popular. O São Paulo, que recebe o Corinthians hoje, às 16h, no Morumbi, estreou no Paulistão com goleada diante do Mirassol, mas o bom começo foi logo interrompido pela derrota no clássico contra o Santos por 2 a 0, na terceira rodada.
O futebol do Tricolor passou a ser visto com desconfiança, apesar de alguns bons resultados. A eliminação na fase preliminar da Taça Libertadores dinamitou de vez o trabalho de André Jardine, que foi demitido. Vagner Mancini assumiu interinamente enquanto o escolhido Cuca tratava de problemas de saúde.
A nova derrota em clássico —dessa vez para o Corinthians, na sétima rodada, por 2 a 1— parecia sacramentar de vez a sina são-paulina. Entre os times da Série A, o Tricolor é o que amarga o maior jejum de títulos estaduais e não levanta a taça do Paulistão desde 2005. A última conquista foi em 2012 ao levantar o caneco da Copa Sul-Americana. O clube vive o pior jejum de títulos dos últimos 48 anos.
O time do Morumbi se classificou na bacia das almas para as quartas de final. Não venceu nenhum clássico, passou com a pior campanha entre os classificados e ainda viu o vestiário pegar fogo com a briga entre Mancini e o goleiro reserva Jean.
Quando tudo parecia ir muito mal, Mancini decidiu apostar em alguns meninos da base. Nomes como Luan, Liziero, Igor Gomes e Antony mudaram a fase e o astral da equipe. O time encaixou. Subiu de produção e engrossou o caldo para o milionário Palmeiras. A classificação para a final, nos pênaltis, deu contornos épicos a uma trajetória acidentada.
Do lado corintiano, o Paulista foi uma verdadeira escada para retomar o patamar perdido em 2018. Sob o comando de Carille, seguiu mostrando um aproveitamento absurdo em clássicos. Já na fase final, o time caiu de produção e passou sufoco nas quartas. Definiu a sua classificação diante da Ferroviária nos pênaltis. Contra o Peixe, na semi, o drama teve contornos de pura crueldade.
O fato é que bater o São Paulo pode confirmar o bom trabalho de Carille e dar ao Alvinegro o tricampeonato. Por outro lado, bater o Corinthians pode virar de vez a chave tricolor e ser o primeiro passo para reviver as glórias do passado.