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Acalanto. Desde o primeiro pranto. Amor imensurável. E mais um tanto. Abraço esquenta, dispensa manta, manto. Abraço apertado, ninar com o canto. Calor que alimenta, amamenta. Carinho que monta, desmonta, momentos inesquecíveis a perder de conta de um amor que tudo aguenta.
Paradoxal amor incondicional que encoraja mesmo quando amedronta. Ir e vir, emoções alternadas, lacrimejar, sorrir. Cumplicidade de via dupla que impossibilita qualquer tentativa de mentir.
Amor primeiro e verdadeiro em que a comunhão e o conhecimento entre as almas entrega tanto a profunda tristeza escondida sob o riso quanto a alegria mesmo quando o olhar mira o piso. Delação premiada de sentimentos que dispensa argumentos. Projeto de macho que chora e procura a forte fêmea. Almas irmãs que são cara de um focinho de outro e não têm nada de gêmeas.
O corpo dedura quando há recíproca leitura. Tato avançado, sentido mesmo sem o encostar. Às vezes, basta olhar, outras, nem olhar isso é preciso. Sentir é preciso, tocar não é preciso!
Amor único em que a troca telepática simplesmente acontece, em natural fluir. Entrosamento intuitivo sem treino, é afinidade cósmica mesmo. Que não se explica. Simples como um cafuné com beijo, antes e depois do pão com tomate, presunto gordo e queijo preparado para a hora do recreio. Para não enjoar, no outro dia bolacha (biscoito, merrrrrrmãs, é a segunda transa) água e sal ou bolinho Ana Maria.
Primeiro amar automático de um amor nada prático. Tapas na bunda, beijos no rosto. Tapinha dói... Dói, dói, dói nada. O que fica são os beijos para curar o dodói. O que no passado era mico na escola hoje vira tesouro na memória.
Amor de mãe é tudo porque não pode tudo. Amor intuitivo, vivo, nada impositivo. E generoso porque é um amor que quer mais do ser amado, o filho, do que de si próprio.
Só um amor que não exige nada em troca oferece o próprio corpo são-paulino por nove meses (não me venham com contas em semanas que eu sou de humanas) para gerar um filho corinthiano...
E, como corinthianismo é reconhecido como sinônimo de fidelidade, saiba, mãe, que o meu primeiro amor, você, é por toda a eternidade. E pode discordar à vontade porque o freguês tem sempre razão.