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O voto declarado por Edmundo nas últimas eleições faz mais sentido a cada dia. Colocado no Palácio do Planalto com a ajuda do ex-jogador, o presidente do Brasil tem se mostrado em sintonia com aquele que defendeu Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense e Vasco.
O palmeirense Jair Bolsonaro gritou "vai, Curinthia" e vestiu várias outras camisas ainda na época da campanha. Empossado, colocou a do Flamengo com a desenvoltura demonstrada pelo vascaíno Edmundo na mesma roupa, em 1995.
Nos últimos dias, essa sintonia apareceu mais uma vez. Em conversa com um de seus ministros, o presidente disse que, "daqueles governadores de paraíba, o pior é o do Maranhão".
Edmundo provavelmente se encheu de orgulho do número que digitou em outubro na urna eletrônica —ao que tudo indica, ela funcionou. E recordou um momento memorável de sua vitoriosa carreira.
Não, ele não pensou na Dança da Bundinha que executou, com a bola nos pés, olhando nos olhos do zagueiro Gonçalves, do Botafogo. Nem se lembrou de um dos muitos lances de habilidade que seu enorme talento lhe rendeu.
O que ressurgiu na mente do Animal foi sua expulsão em jogo contra o América-RN, em 1997. Em Natal, Rio Grande do Norte, ele recebeu cartão vermelho do árbitro cearense Dacildo Mourão e não se surpreendeu.
"A gente vem jogar na Paraíba, um Paraíba apita... Só pode prejudicar a gente. Como é que nós vamos ganhar?", esbravejou o atacante do Vasco.
Já no vestiário, de cabeça fria, banho tomado, Edmundo esclareceu a confusão geográfica: "No Rio, todo o mundo que é do Norte a gente chama de Paraíba".
Bolsonaro, em situação semelhante, defendeu-se em um de seus vídeos publicados nas redes sociais. Nele, em animado bate-papo com um ministro, perguntou se o auxiliar "tem algum parente pau de arara". Diante da resposta positiva, divertiu-se: "Com essa cabeça aí, tu não nega, não?".
Animal!