Caneladas do Vitão: Timão não tem o direito de não lutar até o final em Quito!
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Tem que lutar, não se abater, só se entregar a quem te merecer... Alô, povão, agora é fé! "Mesmo no caso de a esperança ser muito pequena, não tenho o direito de não usar as minhas possibilidades." A máxima imortalizada por Kafka (que, ao contrário do que postou o ministro brasileiro da "educação", não é iguaria árabe) tem de ser encarnada pelo Corinthians, hoje, em Quito, contra o Independiente del Valle. E se o Corinthians nunca teve o direito de não acreditar em sua possibilidade, deixou de tê-lo ainda mais quando foi recepcionado, anteontem, em manifestação de apoio por uma centena insana de torcedores, os verdadeiros donos do clube, no embarque para o Equador.
É óbvio que a derrota por 2 a 0, fruto do péssimo futebol que antecedeu a trágica entrevista coletiva de Carille, na ida, há uma semana, na minha ZL, deixou as coisas muito complicadas para a altitude de Quito...
Dito isso, devolver o mesmo placar de 2 a 0, por exemplo, e jogar a vaga à final nos pênaltis não é uma tarefa impossível para quem tem Cássio no gol e gasta 20 vezes mais do que os equatorianos...
Agora, a realidade mostra que não é a hipótese mais provável. Importante, pois, é o Corinthians, ainda que não avance à decisão da secundária competição continental, deixe a vida em campo e volte do Equador de cabeça erguida para a sequência do Campeonato Brasileiro. Se não vier a vaga, que, ao menos, não venha junto com a eliminação da Copa Sul-Americana a vergonha pela falta de entrega e de futebol...
Aliás, não desgastemos o termo vergonha... O fiel torcedor corinthiano, que conhece e respeita a história de Sócrates e da Democracia Corinthiana, que sabe que é importante "ganhar ou perder, mas sempre com democracia", sabe que vergonha, alheia, é o que sentiu, em nível mundial, ontem, talkey...
Palpite: Independiente del Valle 1 x 1 Corinthians.
Franz Kafka: "Numa luta entre você e o mundo, fique do lado do mundo."
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!