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Caneladas do Vitão: Argentino Messi reina sem a concorrência do futebol brasileiro

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São Paulo

Lá vem o Brasil, descendo a ladeira... Alô, povão, agora é fé! Deu a lógica no prêmio da Fifa e foi feita justiça. Após a bizarra eleição de Modric no ano passado, o argentino Lionel Messi, que, de fato, é o melhor do mundo, foi eleito pela sexta vez o craque da temporada, ficando à frente do zagueiro holandês Van Dijk e do português Cristiano Ronaldo, dupla que mereceu completar o pódio.

Messi discursa após receber seu sexto troféu de melhor do mundo da Fifa na cerimônia realizada em Milão (ITA)
Messi discursa após receber seu sexto troféu de melhor do mundo da Fifa na cerimônia realizada em Milão (ITA) - Marco Bertorello/AFP

Em 1990, a torcida brasileira, que sofria com 20 anos de fila (jejum acabaria em 1994), desceu a lenha na seleção e com razão! E olha que aquele time, que seria muito mais forte se tivesse um treinador no lugar do fanfarrão Sebastião Lazaroni, tinha Bebeto e Romário no banco de Careca e Müller; Taffarell no gol, ótimos zagueiros como Aldair e Mauro Galvão e laterais técnicos e ofensivos como Jorginho e Branco... E muitos bons atletas ficaram fora do grupo que caiu nas oitavas na Copa da Itália. 

Mesmo em um mundo em que o argentino Maradona ainda reinava e em que brilhavam os holandeses Van Basten e Gullit e o alemão Matthäus, o torcedor brasileiro tinha motivos para não se sentir menor, mesmo no jejum de conquistas...

Voltemos ao presente: o tempo foi cruel ao futebol brasileiro! Sem vencer um Mundial há 17 anos, desde 2002, o futebol nacional, que teve em Kaká (2007) o último eleito como melhor do mundo, hoje é coadjuvante no cenário internacional. 

Pior do que não ter nenhum jogador indicado é o fato de que a ausência é justa. E inquestionável. Exceção feita ao gol, onde Alisson superou o também brasileiro Ederson e o alemão Ter Stegen e mereceu ser o goleiro do ano. Da lateral direita à ponta esquerda, como se dizia antigamente quando o Brasil tinha os melhores, não tivemos destaques.

Emocionante a história e merecidíssimo o prêmio da Silvia Grecco, mãe que narra os jogos para o palmeirense Nickollas. 

Silvia Grecco, mãe do garoto Nickollas, que é cego e autista, durante a cerimônia da Fifa em que foram premiados como melhor torcida
Silvia Grecco, mãe do garoto Nickollas, que é cego e autista, durante a cerimônia da Fifa em que foram premiados como melhor torcida - Marco Bertorello/AFP

Guimarães Rosa: “As coisas mudam no devagar depressa dos tempos”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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