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Um dos lugares mais agradáveis do Brasil é Santa Catarina —não à toa, passarei pelo quarto ano seguido o Natal por lá, além de ter participado de 15 das 17 últimas Oktoberfests de Blumenau. Seja em Floripa, Balneário, Itajaí, Joinville, entre tantas outras belas cidades, boa gastronomia, cultura e pessoas simpáticas é o que não falta.
Por isso, é difícil engolir o saldo ruim dos clubes do estado do Sul nos campeonatos nacionais deste ano.
Ainda em agosto, o acesso e o título da Série D do Brasileiro conquistados pelo Brusque, a terra da famosa Fenarreco, davam a impressão de que Santa Catarina continuaria ganhando espaço no futebol nacional, como nos últimos anos.
A partir daí, porém, foram só decepções nos andares de cima. Na noite desta quarta (27), a Chapecoense perdeu para o Botafogo por 1 a 0 e deu adeus à Série A do Brasileiro, seguindo os passos do lanterna Avaí.
Em 2020, pela primeira vez desde 2001, o estado não terá representantes na elite do futebol brasileiro. As duas equipes fizeram campanhas decepcionantes, passaram o torneio todo flertando com o perigo e pagaram caro.
Na Segundona nacional, a dupla terá apenas a companhia do Figueirense, já que o Criciúma caiu para a Série C.
Primeiro campeão nacional de Santa Catarina, na Copa do Brasil de 1991, quando tinha Felipão como treinador, o Tigre frequentou a Série A nos anos 90 e chegou às quartas de final da Libertadores de 1992, mas passou a colecionar mais fracassos que alegrias —está fora do Brasileirão desde 2014.
O Figueira só escapou de ir para a Terceirona na penúltima rodada, mas não guardará boas lembranças de uma temporada em que ameaçou abandonar da Série B, rompeu com a empresa que administra o clube, deu WO por causa de salários atrasados e péssimas condições da base, entre outros problemas que não se resolvem da noite para o dia.
Que 2020 seja o ano da retomada para um estado que aprendeu a respirar futebol.