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Zlatan Ibrahimovic nunca foi eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo tampouco fez parte dos grandes momentos de suas equipes, sempre trocando de camisa na hora errada.
Na Juventus, em vez de festejar o Italiano, viu o time ser rebaixado por esquema de manipulação de resultados. Arrumou as malas para a herdeira do scudetto, a Inter de Milão, que só fracassou na Liga dos Campeões. Dali partiu para o Barcelona, o campeão continental, mas acabou eliminado justamente pelo ex-clube.
Se quase tudo deu errado na carreira, pese que o sueco arrebentou de marcar gols por onde passou, pelo menos ele se mantém de cabeça erguida. E, sem modéstia, coloca-se no patamar dos gênios da bola.
“Vou para um time que precisa ganhar de novo, que precisa renovar sua história, que procura um desafio contra tudo e contra todos. Só assim posso encontrar o estímulo necessário para surpreender de novo”, afirmou o atacante de 38 anos, que deve acertar com o Milan. A idade não é problema. “Igual ao vinho, eu melhoro com os anos“, diz.
Ao deixar o Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, no mês passado, despediu-se em grande estilo: “Vocês queriam o Zlatan, eu te dei o Zlatan. De nada. Agora podem voltar a assistir ao beisebol”. Afinal, o que será da Major League Soccer sem o astro sueco?
O perfil marrento vem desde a juventude. Ainda garoto, quando começou a despontar no Malmö, foi convidado a fazer um teste no poderoso Arsenal: “Zlatan não faz testes”, respondeu antes de acertar com o holandês Ajax.
Nem sua mulher escapa do seu ego inflado. “Não dei nada a ela de aniversário. Ela já tem o Zlatan“, explicou o atleta, que só lamentou a eliminação da Suécia para Portugal na repescagem das eliminatórias para a Copa de 2014... Pelos torcedores brasileiros, claro: "Um Mundial sem mim não vale a pena ser visto".
Seja considerado esnobe, cômico ou arrogante, Ibra é um cara autêntico, sem papas na língua. E autenticidade é algo cada vez mais raro no futebol, especialmente entre os jogadores. Que na próxima geração apareçam mais Maradonas, Vampetas, Romários, Renatos Gaúchos, Dadás e, principalmente, Ibras.