Caneladas do Vitão: Paralisação, ainda que tardia, era a única decisão possível
Jogos do final de semana nem deveriam ter sido disputados
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Apesar de você, amanhã há de ser outro dia... Alô, povão, agora é fé! Ainda que de forma tardia, a Federação Paulista fez a única coisa aceitável e paralisou, por tempo indeterminado, o Paulistão! Reitero o meu posicionamento feito em todas as minhas tribunas antes e durante a rodada: já foi uma completa irresponsabilidade a realização dos jogos, com direito a bizarra diferenciação de alguns estádios com plateia e outros sem, como se o coronavírus respeitasse limites de município!
E como também foi um erro comprovado o Flamengo de Jorge Jesus, que testou positivo para o coronavírus em exame preliminar, atuar no Carioca.
O fato de o presidente da República, Jair Bolsonaro, ser irresponsável a ponto de tratar uma pandemia mundial como “fantasia” ou “histeria” não diminui, em nada, os riscos. E, como ensina e pede a Organização Mundial de Saúde, o correto é evitar aglomerações para diminuir o contato entre as pessoas até para que indivíduos que não fazem parte do grupo de risco não transmitam a doença a quem é mais sensível: é solidariedade, humanidade, civilidade!
Ora, como, quando e se o Paulistão vai acabar, a situação dos jogadores que têm contrato encerrando junto ao término previsto do estadual —consequências alusivas ao acesso, ao rebaixamento e ao calendário desta e da próxima temporada—, são assuntos muito importantes, fundamentais até, mas menores se comparados à saúde da humanidade, parcela irresponsável, egoísta e acéfala inclusa.
O futebol não pode resolver todas as questões da sociedade. Mas, ao contrário do que alguns acreditam e pregam, não é um mundo à parte, não pode seguir a vida normalmente e tem de fazer a sua parte para dar o exemplo! Não há, ainda, motivo para desespero. Ainda. O que poderá vir a acontecer se continuarmos brincando e minimizando coisa séria, talkey?
Nelson Rodrigues: “Existem situações em que até os idiotas perdem a modéstia”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
TROFÉUS
CASCATA
Posse de bola - Uma raposa felpuda, como diria o outro, confessou à coluna que, na reunião que foi acertada a paralisação por tempo indeterminado do Paulistão, nem sequer foi cogitada a possibilidade de posse de bola, número de passes e finalizações fora do estádio serem considerados para efeito de pontuação no retorno do certame.
ARMAGEDON
Calendário - Não há condições de jogar. Ponto. E, como ninguém terá a pachorra de discordar que nosso calendário é um lixo, é a oportunidade para os clubes, de forma séria e conjunta, aproveitarem para estudar soluções não só para a conclusão dos certames em andamento, mas, principalmente, para mudanças futuras definitivas.