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Caneladas do Vitão: Chefe ciumento não aguenta brilho de subordinados

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São Paulo

Chuveiro, chuveiro, não faça assim comigo... Alô, povão, agora é fé! Uma semana após o ministro da Saúde cair porque o chefe dele morria de ciúmes de sua popularidade, poderia falar agora da treta do Jair Bolsonaro com o ex-juiz que virou ministro da Justiça após tirar do jogo eleitoral um adversário do atual presidente.

Mas, como detesto polêmica e não quero melindrar ninguém nem ouvir mugidos enraivecidos, mudemos de assunto. Lembremos de momentos futebolísticos em que também o chefe ciumento e autoritário brigou com estrelas mais reluzentes.

O atacante Carlitos Tevez durante treino do Corinthians no Parque São Jorge; argentino bateu de frente com o então técnico Emerson Leão e aproveitou a brecha para deixar o Timão - Keiny Andrade - 6.set.05/Folhapress

Coadjuvante no noticiário, Emerson ex-Acaju Leão bateu de frente com Carlitos Tevez no Timão.

No próprio Corinthians, anos antes, Vanderlei Luxemburgo chegou atirando, livrou-se do goleiro Ronaldo Giovanelli, que tinha moral com torcida e grupo, para ficar com o fraquíssimo Nei. Não chegou a mandar embora Marcelinho Carioca, só o afastou e mostrou quem era o dono da caneta.

Se fosse maldoso, e definitivamente não é meu caso, recordaria também de Bernardinho, que brigou com o talentoso Ricardinho antes de seu filho Bruninho se firmar como levantador da campeoníssima seleção de vôlei. Mas, nesse caso, realmente seria só veneno.

Discussão, ego e personalidade forte à parte, tanto Bernardinho, como comandante, como Bruninho, como subordinado e protagonista da engrenagem, tinham talento, o tamanho dos respectivos cargos e não me faziam ter vergonha de usar as cores do meu país para torcer. Definitivamente, não há comparação com pai e filhos que só levantam a bola para vergonha alheia, talkey.

Vai passar!

Eduardo Galeano: “Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre”.

Na transmissão de hoje, ao vivo, às 16h, no facebook.com/blogdovitao, comentaremos a coluna. A palinha musical será de Bezerra da Silva.

Ignore o lunático que elegeram (essa culpa eu não carrego), o ministro que acha caro respirador e, se puder, fique em casa.

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

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