Vou acender velas para São Jorge, a ele eu quero agradecer... Alô, povão, agora é fé! Estamos todos com saudade da bola.
E, no meu caso, do dia a dia da minha profissão e de momentos inesquecíveis que o jornalismo já me proporcionou.
E, como é dia de são Jorge, lembro de quando o saudoso arcebispo católico de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, visitou, em 2004, o treino do Timão no Parque São Jorge para lançar o livro “Corintiano, graças a Deus!”.
Presente como repórter deste Agora, ouvi dom Paulo explicar a importância de São Jorge e até como interveio, junto ao papa Paulo 6º, para que o culto ao santo guerreiro fosse liberado aos católicos. No livro, há a transcrição de um diálogo saboroso entre os dois:
“Santo Padre, o nosso povo não está entendendo direito a questão. São Jorge é muito popular no Brasil. Sobretudo ante a imensa torcida do Corinthians, o clube de futebol mais popular de São Paulo”, disse o brasileiro.
“Não podemos prejudicar nem a Inglaterra, nem o Corinthians”, respondeu Paulo 6º.
Cinco anos depois, em 2009, eu batizaria o meu filho Basílio na capela São Jorge, localizada dentro do clube. Na presença da avó paterna são-paulina, da avó materna palmeirense, do padrinho santista e de 818 parentes maloqueiros e sofredores, graças a Deus. Além, claro, do Basílio original, o João Roberto Basílio, autor do sacro gol de 13 de outubro de 1977.
Independentemente do time de coração e da religião, é preciso pensar no próximo. Em uma era em que canalhas protestam em favor do vírus contra a vida e fazem buzinaços em frente a hospital, em que calhordas pedem a volta da ditadura e do AI-5, faz falta um dom Paulo Evaristo Arns.
Graças a Deus, tenho orgulho de torcer pelo mesmo time. Aliás, o mesmo também de Chico Xavier.
Dom Paulo Evaristo Arns: “Toda crise é motivo de mudanças qualitativas”.
Na transmissão de hoje, ao vivo, às 16h, no facebook.com/blogdovitao, comentaremos a coluna. A palinha musical vai homenagear o santo padroeiro corinthiano.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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