Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Filme bom, ora, pois, tem paixão, romance e história

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

São Paulo

Ai, bate o pé, bate o pé, bate o pé... Alô, povão, agora é fé! Homem, português, chora. E jornalista sofre. Interrompi o filme de ação que estava “a assistiri” no XVideos para, coçando o buço, “ligaire” para tomar nota sobre “Lusitanos — O Centenário da Portuguesa”: “É emocionante, Vitão! A gente se emocionou gravando, editando e assistindo de novo”.

Criado na Portuguesa e campeão paulista em 1973 pela Lusa, Basílio lembra em depoimento emocionado ao diretor Luiz Nascimento que esteve perto de marcar o gol do título, façanha que conseguiria, já com a camisa corinthiana, quatro anos depois no mesmo Morumbi - Acervo da Bola/Divulgação

O jornalista Luiz Nascimento continuou “a relataire” a experiência de, em dobradinha com Cristiano Fukuyama, dirigir o filme 100% custeado por mais de 300 torcedores. “É a Portuguesa que existe no coração de cada torcedor. Não é um filme quadrado, cronológico, contando a história certinha. É a paixão dos torcedores. Não só a Portuguesa do futebol, mas a do hóquei, das festas juninas, do ciclismo, da patinação”, falou, enquanto eu, pouco profissional, relembrava, emocionado, o ensaio épico da lusitana Lady Lu, nua em pelo dégradé. Cinéfilo, comprei para ler a entrevista de Almodóvar naquela deliciosa edição de fevereiro de 2000 da Sexy.

Ivair, O Príncipe, agora também importalizado em filme nos nobres, valentes e importais corações portugueses - Acervo da Bola/Divulgação

Vaquinha à parte, não foi teta, não. “São mais de 60 entrevistas gravadas, 25 horas de depoimentos. Estamos em reta finalíssima de edição, tentando fechar o filme entre cem minutos e duas horas.”

Não revelo meu time, mas quis saber se o Basílio, campeão paulista em 1973, no título dividido com o Santos na famosa decisão em que Armando Marques errou as contas (segundo os peixeiros) e que Cabinho teve um gol legal mal anulado na prorrogação (segundo os lusos), estava na obra. Já não tem a Lady Lu. Se não tivesse Basílio, não teria coluna!

O maestro João Carlos Mains, o embaixador do centenário da Portuguesa, não poderia ficar de fora de "Lusitanos" - Acervo da Bola/Divulgação

“O Basílio foi uma das entrevistas mais bacanas, ele se emocionou e falou que o gol que de 1977 poderia ter sido em 1973.”

Estrelas

Apesar da pandemia, o lançamento (não mais presencial) de “Lusitanos” foi mantido para 14 de agosto e faz parte dos festejos oficiais do centenário rubro-verde. O ponte-pretano Dicá (que só foi campeão pela Lusa) e o bugrino Zenon fazem parte do grande elenco de ídolos presente no filme.

Campeão brasileiro pelo Guarani, Zenon não teve a sorte de dar volta olímpica no Canindé: essa façanha, registre-se, coube ao ponte-pretano Dicá - Acervo da Bola/Divulgação

Fernando Pessoa: “Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Notícias relacionadas