Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: A beleza clássica da camisola vermelha, ô, pá!

São Paulo

Entre as brumas da memória, ó, pátria, sente-se a voz, dos teus egrégios avós, que há-de guiar-te à vitória... Alô, povão, agora é fé! Enquanto o mundo não volta ao normal e o dia 14 de agosto não chega para o EM-BAI-XA-DOR João Carlos Martins comandar (virtualmente) a festa portuguesa centenária, voltemos ao passado no bate-papo com o presidente verde-encarnado Antonio Carlos Castanheira.

Canhota e humilde, peguei a 10, a faixa e, à Edu Marangon, lancei para o presidente, que emendou a sua Lusa: “Rodolfo Rodríguez, Djalma Santos, Luís Pereira, Marinho Peres e Zé Roberto; Badeco, Eneas e Dener; Julinho Botelho, Roberto Dinamite e Ivair. Técnico Otto Glória, presidente Oswaldo Teixeira Duarte. Tenho 55 anos e votei em quem eu vi, mas abri exceção às lendas Djalma, Julinho e Ivair”.

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O presidente da Portuguesa, Antonio Carlos Castanheira, conta a sua paixão pelo clube e faz a sua seleção com os melhores jogadores que passaram pelo Canindé - Zanone Fraissat- 6.jan.20/Folhapress

Meu são Jorge, ops, minha Nossa Senhora de Fátima, que timaço! Dá jogo com a minha “equipa”: Cabeção; Zé Maria, Ditão, Daniel González e Jacenir; Biro-Biro, Basílio e Zenon; Ivair, Cláudio Adão e Simão. Técnico: Oswaldo Brandão! Estou aqui a confessar que não foi teta, ô, pá, decidir entre Cabeção e Dida...

Saudade de 1996, presidente, do vice? “A equipe vice-campeã brasileira era muito boa, mas o melhor que eu vi foi o de 1973, campeão paulista. Todos falam da contagem dos pênaltis, mas o Armando Marques anulou um gol legal do Cabinho na prorrogação. Eu estava no Morumbi e vi: gol legal!”

Nasceria quatro anos mais tarde (coincidentemente, em outro ano em que Basílio deu a volta olímpica no Morumbi) e não vi. Mas concordo com Castanheira: o uniforme dos anos 70, meia e calção brancos, “camisola” toda encarnada só com a gola e manga verdes, é lindo! Menos (verde) é mais… Meu coração, 100% antisalizarista, é vermelho! Às armas, às armas! Contra os canhões, marchar, marchar! Vamos à luta!

Enquanto 75.523 pessoas morreram (cerca de 2 milhões de infectados, subnotificações à parte) e, com militar travestido de ministro da Saúde interino há dois meses, continuamos empilhando cadáveres em consequência da pandemia que o irresponsável vendedor de cloroquina que elegeram trata por “gripezinha” (levei meu filho à urna para ele saber que o pai dele não tem culpa do lunático que elegeram!), o futebol paulista volta com Dérbi dia 22. É o armagedon! As escolas de samba cariocas, mais responsáveis, já falam em adiar o Carnaval se não tiver vacina!

José Saramago: “Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia”.

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

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