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Caneladas do Vitão: Bocage, Camões e a centenária epopeia lusa

"A Lusa nasceu da união de forças e irá renascer com essa mesma força", diz Mauro Beting

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

São Paulo

Amor é fogo que arde sem se ver... Alô, povão, agora é fé! "Ah, que prazer! A palavra é essa mesmo: prazer! Revisitar, reviver com prazer. Foi muito prazeroso fazer." Bocage? Quase. Mané é Mané, Mané é Manuel Maria de Barbosa du Bocage, Flávio Gomes é Flávio Gomes: "Peguei uma linha do tempo muito gostosa. Foi muito prazeroso revisitar e reviver o período de 1973 a 1985, período que mais gostei de futebol na vida". A viagem de Flávio Gomes é sobre "Lusa: 100 Anos de Amor e Luta".

O livro, que teve o lançamento adiado de agosto para outubro por causa da pandemia, conta com vaquinha virtual (https://www.kickante.com.br/campanhas/livro-portuguesa-100-anos-glorias) até 30 de julho para ser finalizado. "Já arrecadamos 54%, o custo total para a tiragem de 3.000 exemplares é R$ 120 mil", revelou Marco Piovan, editor da Onze Cultural.

Capa do livro do centenário da Portuguesa, que será lançado em outubro
Capa do livro do centenário da Portuguesa, que será lançado em outubro - Divulgação

"A linha do tempo de 1973 a 1985, minha infância, adolescência e juventude, foi o mais gostoso de fazer. Revisitei campanhas marcantes na minha vida, como o vice de 85 e o título de 73; 84, quando a Portuguesa jogou para 48 mil pessoas no Pacaembu contra o Vasco", comentou Flávio Gomes, que lembrou também do título da Taça Governador do Estado-1976, no Parque Antártica, em final contra o Guarani arbitrada pelo (narrador) Silvio Luiz.

Além do antisalazarista Flávio Gomes (estamos juntos, ô, pá!), o esquadrão de autores lusos (André Carlos Zorzi, Antonio Quintal, Luiz Carlos Duarte, Jorge Nicola e Luiz Nascimento) conta com o reforço de Mauro Beting: "Uma honra ter escrito o livro oficial do centenário do meu Palmeiras. Uma honra ainda maior chefiar agora uma seleção de torcedores da Lusa para contar a história de um clube que nasceu da união de forças e irá renascer com essa mesma força. De gente de dentro e até de fora como eu."

É um livro de arte, capa dura, com 320 páginas e mais de 300 fotografias. Não é "Os Lusíadas", mas também é uma epopeia portuguesa, dividida em quatro partes: 1) história, linha do tempo com os 100 anos; 2) 50 ídolos eternos (44 jogadores e seis técnicos); 3) 20 jogos; 4) bravos torcedores.

Com uma baba similar a que nós, pais-corujas, produzimos a falar dos filhos, o coautor Luiz Carlos Duarte escancarou o seu orgulho. "É a história extraordinária de um clube erguido pelos imigrantes portugueses, embalado com honra e alegria pelos seus avós, filhos e netos. Um time que formou craques, heróis e anônimos guerreiros."

Luís de Camões: "[amor] É ter com quem nos mata, lealdade".

Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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