Água mole, pedra dura, tanto bate que não restará nem pensamento, tempo rei, oh, tempo rei, oh, tempo rei, transformai as velhas formas do viver... Alô, povão, agora é fé! Sem a presença do respeitável público, sem qualquer controle da pandemia, com cadáveres sendo empilhados aos milhares e com partidas da primeira rodada adiadas, vem aí o CovidãoBR-2020! É o armagedon!

Da série “o futebol imita a vida”, se o país não tem ministro da Saúde (um militar é o interino-efetivo no comando da marcha rumo às 100 mil mortes), a CBF nunca teve um comando à altura! Só mudam as moscas!

Ninguém sabe se o certame terá de ser interrompido. Se há uma certeza é a de que ninguém tem certeza de que jogadores e comissões técnicas estão protegidos nos campos, concentrações e deslocamentos aéreos! E, como já ficou claro nos estaduais, protocolo não é vacina, não protege ninguém nem sequer é levado a sério pelos clubes.

Em São Paulo, a final do Campeonato Paulista entre os dois maiores rivais do estado repercute 818% mais que as estreias de Tricolor, Peixe e Bragantino no interminável sistema de pontozzz corridozzz; no Bahia, após a perda do Nordestão para o Ceará, as atenções estão voltadas para a decisão do estadual.

As torcidas de Fortaleza e Athletico-PR, animadas com as últimas campanhas nacionais, talvez estejam mais empolgadas com o Brasileiro… Talvez sim, talvez não, não importa, não haverá transmissão!

Se já é uma insanidade voltar o futebol agora sem qualquer controle do coronavírus, a irresponsabilidade é sublinhada pela burrice que é iniciar o torneio de forma incompleta, com elencos e torcedores, de Porto Alegre a Salvador, com a cabeça focada em outros jogos e certames. E, até para quem só tem o CovidãoBR para jogar, é a desmoralização total já iniciar com asteriscos na tabela.

Simone de Beavouir: “Se vivermos muito tempo, descobrimos que todas as vitórias, um dia, se transformam em derrotas”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Dérbi

Um míssil aleatório de fora da área, uma bola vadia, um lance de bola parada, uma pixotada ou o acaso pode fazer a rede balançar para um lado ou para o outro quase sem querer, mas está com um cheiro danado de outro 0 a 0 mequetrefe e pênaltis. Palpite de amanhã no Allianz: 0 a 0. Com Cássio, a exemplo do eterno 8 de abril de 2018!

Morre-Morre

Subnotificações à parte, 98.644 perderam a vida para a pandemia que o lunático vendedor de cloroquina travestido de presidente trata por "gripezinha"! Essa culpa eu não carrego! O CovidãoSP ficando com o Timão ou voltando ao Verdão após 12 anos, já perdemos todos. E, todo dia, morremos mais um pouco como sociedade!