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Caneladas do Vitão: Timão apanha da bola, mas vence no pasto de São Caetano

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São Paulo

Vai na roleta ou no bacará, vamos jogar, ioiô, vamos jogar, iaiá... Alô, povão, agora é fé! Com o primeiro gol de Bruno Méndez, que atuou improvisado na lateral esquerda, com a camisa corinthiana, o remendado Timão bateu o São Caetano por 1 a 0. O “gramado”, horroroso, foi um palco à altura da pelada!

Já sem a presença no banco do médico Ivan Grava (que pediu demissão em meio ao surto de Covid que atingiu o elenco: 26 profissionais, sendo 15 jogadores), Vagner Manicini escalou quem estava disponível em meio a tantos testes positivos.

Em flagrante desrespeito aos protocolos da consciência coletiva, da responsabilidade social, da empatia, da lei e até do futebol, Gabigol foi um dos cerca de 150 péssimos cidadãos flagrados aglomerados pela polícia em um cassino ilegal na grã-fina Vila Olímpia - Paulo Lopes/AFP

Jô, que, em flagrante exemplo de falta de consciência coletiva na pandemia, curtiu a última folga em resort (o que não é ilegal como frequentar cassino), ganhou chance à frente de uma linha com Rodrigo Varanda, Luan e Mateus Vital. Com tantos volantes afastados pelo coronavírus, sobrou para Otero o papel de segundo homem de marcação. E foi o venezuelano quem mais criou. Antes de bater o escanteio na cabeça do uruguaio no 1 a 0, o camisa 11 perdeu uma grande chance. E foi só.

O Azulão fez um jogo igual, nivelado no subsolo, e é candidatíssimo a voltar à Série A-2.

Se repetir o “futebol” de ontem, o Timão terá problemas para avançar quarta, em Salgueiro, pela Copa do Brasil.

Há exatos 31 anos, em 15 de março de 1990, o “caçador de marajás” e (neobolsonarista) Fernando Collor, eleito com o aval dos mercados e pela gente de bem contra a corrupção e blá-blá-blá, anunciou o confisco da poupança dos brasileiros e brasileiras. Viva a memória!

E hoje, sabendo que o desgovernado país epicentro da pandemia mundial registrou ontem 1.111 MORTOS (278.327 MORTOS, no total) da “gripezinha”, os cartolas paulistas, que, à Gabigol, vivem em um mundo egoísta à parte e colocam o mórbido negócio sobre milhares de cadáveres, reúnem-se para viabilizar a continuidade do Paulista. A reunião, ao menos, será virtual e, pois, não em um aglomerado cassino clandestino.

Jean-Paul Sartre: “Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro vem de ZL . É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovitao.

Troféus

Danilo

Em jogo equilibrado contra a organizada e experiente Ferroviária do técnico Pintado (equipe que deve dar trabalho ao São Paulo nas quartas de final), os invictos reservas palmeirenses fizeram valer o fator casa e venceram a segunda consecutiva no Allianz. Danilo, que aproveitou o cruzamento açucarado de Gustavo Scarpa para abrir o placar, foi o maior destaque no 2 a 0. Rafael ex-Papagaio Elias fechou o placar em pixotada do beque Matheus Salustiano.

Flamengo

Para a surpresa de zero pessoa, a negacionista diretoria do Flamengo (a mesma que liderou o retorno apressado do futebol em 2020 e, agora, faz campanha insana pelo retorno do público) não se manifestou sobre o ato egoísta de Gabigol. Eu não esperava outra atitude de uma direção que recorreu à Justiça para pagar menos às famílias das vítimas do incêndio do Ninho e que empresta sua popularidade e associa sua imagem ao desgoverno Bolsonaro.

Destaques da 4ª rodada do ​CovidãoSP de Vartebol

Favoritismo é verde

A Ferroviária mostra que tem tudo para ser uma das surpresas e deve chegar à próxima fase. E, contra esse time azeitado, o Palmeiras reserva venceu por 2 a 0 e deixou claro que é hoje, disparado, não só o melhor time como também o melhor elenco paulista. É claro que não dá para cravar que será bicampeão porque é futebol, mas a distância é abissal. E é pouco provável que o cenário mude, ainda que ninguém saiba quando e onde serão os jogos das próximas rodadas do Paulistão. Mas há uma certeza: em qualquer data, em qualquer lugar, o lixo maldito do VAR, como aconteceu nas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª rodadas, roubará a cena!

Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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