O Santos correu riscos, mas conseguiu empatar, por 1 a 1, com o Deportivo Lara, em Caracas (VEN), nesta terça-feira (16) e carimbou a classificação nesta edição da Copa Libertadores.

Na terceira fase, última antes da fase de grupos do torneio, o Santos vai enfrentar o vencedor do duelo entre Universidad de Chile e San Lorenzo (ARG), que atuam nesta quarta-feira (17), em Buenos Aires. No primeiro encontro, em Santiago, as duas equipes empataram em 1 a 1.

Em sua segunda partida nesta temporada, para uma equipe que perdeu no jogo de ida, por 2 a 1, na semana passada, em Santos, o Deportivo Lara foi um time muito tímido para buscar a vitória, afinal 1 a 0 bastava para a equipe da casa eliminar os santistas.

Por isso, o Santos teve total tranquilidade para ditar o ritmo das ações como bem quis, principalmente do primeiro tempo.

Sem jogar tão bem, o Santos fez o suficiente para não correr riscos e aumentar sua vantagem no confronto com o Deportivo Lara.

Houve um momento na primeira etapa que a posse de bola chegou a quase 80%. Assim, o alvinegro trocou passes e buscou espaços na defesa rival. Com problemas na marcação, o adversário abusou do jogo duro com faltas duras.

Quem entendeu que a estratégia era ir para cima dos defensores foi Soteldo, o jogador nascido na Venezuela e pela primeira vez atuando pelo Peixe no seu país.

Posicionado onde gosta, como um ponta pela esquerda, Soteldo destruiu a proteção defensiva. Foi ele que sofreu a falta na entrada da área. Em cobrança perfeita, o camisa 10 mandou a bola no ângulo direito do goleiro Curiel, aos 37min. O atacante marcou o seu 20º gol pelo clube.

A classificação ficou bem encaminhada, tanto que os santistas passaram a tocar muito mais a bola do que buscar o gol para deixar a partida resolvida na segunda etapa.

O Deportivo Lara então colocou fogo na partida como aconteceu na Vila Belmiro. Em jogada ensaiada, a bola foi alçada na área do Santos, España recebeu o cruzamento na esquerda e cabeceia para o outro lado. Anzola apareceu sozinho, ganhou dos defensores e, aos 17min, igualou o placar. Foi dele também o tento que empatou o jogo na Vila.

O gol mudou o emocional das duas equipes. Enquanto os santistas, com os seus garotos, passaram a errar muitos passes e não ter mais o controle da posse de bola, os venezuelanos foram com tudo para cima.

Por sorte da equipe brasileira foi a falta de qualidade dos oponentes em articular os lances ofensivos. O único tormento acabou sendo as bolas alçadas para a área. Isso foi controlado graças à melhora do posicionamento dos defensores e ao goleiro João Paulo, que saiu para cortar os cruzamentos mais perigosos.

Outro ponto fundamental para o Peixe segurar a classificação foi a entrada de jogadores reservas.

Dessa forma, o Peixe aumentou a velocidade nos avanços da defesa para o ataque, criou contragolpe com a defesa aberta e incomodou o adversário.

Só faltou capricho em algumas finalizações, o que poderia ter dado ao Alvinegro o segundo gol e a vaga com menos sofrimento.

O Lara, que havia perdido os sete jogos que tinha feito contra times brasileiros, arrancou o primeiro empate, mas deu adeus ao torneio.