A um mês e meio dos Jogos de Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto, os eventos preparatórios e classificatórios continuam em ritmo acelerado mundo afora. Até esta terça-feira (8), a delegação brasileira já contava com 248 atletas classificados, mas ainda é preciso definir os jogadores que comporão as equipes dos esportes coletivos.

No caso do vôlei, que sempre chega na Olimpíada com chances de medalha, as duas seleções estão disputando a Liga das Nações, em Rimini (ITA), e os técnicos aproveitam para fazer muitos testes, com vistas à definição do grupo definitivo que vai ao Japão.

No caso do feminino, Zé Roberto Guimarães já escolheu a base do time, com a qual ocupa a terceira posição na Liga das Nações (7 vitórias e 2 derrotas). Porém, ele só poderá levar 12 jogadoras, o que dará uma briga boa pelas posições.

No masculino, o técnico Renan Dal Zotto já se recuperou da Covid, após 36 dias internado, e deve reassumir o comando do time nos próximos dias, para definir o grupo. Sob comando do auxiliar Carlos Schwanke, o Brasil tem a segunda melhor campanha na Liga das Nações (5 vitórias e 1 derrota) e possui mais jogadores de qualidade do que a feminina. Se as meninas terão de suar para ganhar ritmo de jogo e surpreender os favoritos em Tóquio, os garotos formam o time a ser batido e chegarão para brigar pelo bi após o ouro na Rio-16.

No futebol, a seleção masculina perdeu para o time principal de Cabo Verde (2 a 1) e bateu a Sérvia sub-21 (3 a 0), mostrando que possui muitos valores individuais, mas que o técnico André Jardine ainda não conseguiu dar consistência de time. O comandante vai anunciar o grupo de 18 jogadores no dia 17, certamente com a presença de três acima dos 24 anos. Neymar já deixou claro que quer conquistar o bi olímpico, assim como o goleiro Weverton. A outra vaga ficaria, então, com um zagueiro experiente.

No futebol feminino, a técnica Pia Sundhage comanda a seleção em mais dois amistosos, contra a Rússia e o Canadá, sexta (11) e segunda (14), antes de definir o time olímpico, que deverá ser liderado pelas experientes Marta e Formiga.

Já no basquete, a situação se complicou muito no masculino, com os pedidos de dispensa de jogadores experientes e importantes para a disputa do Pré-Olímpico, de 29 de junho e 4 de julho em Split, na Croácia. Didi (New Orleans Pelicans), Raulzinho (Washington Wizards) e Gui Santos, que se prepara para o Draft da NBA, já haviam pedido dispensa. Além deles, o ala Marquinhos, do Flamengo, anunciou sua aposentadoria da seleção e também está fora.

A seleção feminina já havia sido eliminada no Pré-Olímpico de fevereiro, ficando fora dos Jogos após 28 anos. No time do técnico Aleksandr Petrovic, o torneio também não será nada fácil. Além do Brasil, disputarão Croácia, México, Alemanha, Tunísia e Rússia e apenas o campeão irá a Tóquio.