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Mundo Olímpico: Alison dos Santos, a boa nova do atletismo brasileiro

Velocista dos 400m com barreiras pode surpreender em Tóquio-20

São Paulo

A história de conquistas do atletismo brasileiro em Jogos Olímpicos é muito marcada pelas provas de salto: do bicampeonato de Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo em Helsinque-1952 e Melbourne-1956, passando pelo salto em distância de Maurren Maggi em Pequim-2008 e chegando ao salto com vara com Thiago Braz na Rio-16.

Com exceção desses campeões, apenas Joaquim Cruz, nos 800 m, levou a dourada em Los Angeles-1984.

O velocista Alison dos Santos, o Pio, é uma das esperanças do Brasil na Olimpíada de Tóquio, na prova de 400 m com barreiras
O velocista Alison dos Santos, o Pio, é uma das esperanças do Brasil na Olimpíada de Tóquio, na prova de 400 m com barreiras - CBAt/Divulgação

Para os Jogos de Tóquio-2020, o atletismo nacional chega com boas promessas, algumas com chances reais de conquistar um lugar no pódio, tanto nas tradicionais provas de salto quando nos revezamentos 4x100m e 4x400m.

Um personagem, porém, tem chamado a atenção nos últimos anos e chega ao ano olímpico conquistando marcas importantes nos 400m com barreiras: Alison dos Santos, conhecido como Pio.

No dia 24 de abril, ele conquistou o título do Torneio Drake Relays, nos Estados Unidos, com o tempo de 48s15, sua melhor marca pessoal e segunda melhor do país, atrás apenas do 48s04 de Eronilde Araújo em 1995. O tempo o coloca como líder do ranking mundial em 2021.

No último domingo (2), Pio ainda foi peça fundamental na conquista da medalha de prata na prova dos 4x400m misto no Mundial de Revezamento na Polônia, com um sprint no final.

É importante esclarecer que os principais nomes do atletismo mundial possuem marcas melhores e devem chegar com tudo em Tóquio —o favorito ao ouro é o norueguês Karsten Warholm, com 46s87—, mas Pio, aos 20 anos, tem crescido muito em desempenho e tem condições de também surpreender, como Joaquim Cruz fez em Los Angeles.

Natural de São Joaquim da Barra (a 381 km de São Paulo), Alison foi finalista do Mundial de Atletismo de Doha, em 2019. Naquele mesmo ano, conquistou o ouro do Sul-Americano de Lima, dos Jogos Pan-Americanos de Lima e da Universíade de Nápoles. Vale a pena ficar de olho!

Claudinei Queiroz
Claudinei Queiroz

49 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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