Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Laranja Mecânica em campo e nas distópicas ruas brasileiras

A Holanda é a seleção que não pode nunca faltar em Copas

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São Paulo

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia... Alô, povão, agora é fé! Atual campeã mundial e dona, disparada, da melhor seleção do mundo (muito mal aproveitada pelo fraco técnico Didier Deschamps), a miscigenada França não sentiu falta do craque Mbappé e, com gols de Antoine Griezmann, fez 2 a 0 na Finlândia e encaminhou a classificação à Copa do Mundo do Qatar-2022.

É impressionante como Griezmann, que mal deixou o Barcelona para regressar ao Atlético de Madrid, já voltou a ser, mesmo com a linda camisa do país da liberdade, igualdade e da fraternidade, aquele ótimo e decisivo atacante colchonero do período pré-Catalunha.

Holandês Memphis Depay marcou três gols na vitória sobre a Turquia, que levou a Laranja Mecânica à liderança de seu grupo nas eliminatórias para a Copa do Qatar-22 - Maurice Van Steen/ANP/AFP

Se Griezmann foi o maior destaque individual da rodada europeia das eliminatórias, a grande notícia coletiva foi a Holanda, que sapecou 6 a 1 na Turquia, ultrapassou o rival, assumiu a liderança do embolado Grupo G e deu um passo importante rumo ao Qatar. Memphis Depay, com três gols, brilhou, mas, como acontece desde 1974 em todos os times holandeses que encantam, a graça laranja é o 4-3-3 clássico, ofensivo e alegre.

A Holanda é a seleção que não pode nunca faltar em Copas. Primeiro, porque sempre é gostoso de ver jogar. E segundo, e não menos importante, é porque todo mundo sabe que na hora H não vai ganhar e, pois, é um adversário a menos de França, Itália, Espanha, Brasil e Argentina na briga pelo caneco.

Por falar em Holanda, o romance distópico "Laranja Mecânica", de Anthony Burgess, que ganhou uma versão espetacular para o cinema assinada por Stanley Kubrick, é uma bela analogia do (auto)intitulado país do futebol em que criminosos violentos, acéfalos, ignorantes e mimados aproveitam a democracia para gritar por ditadura.

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira: "Se as pessoas não tiverem o poder de dizer as coisas, eu vou dizer por elas. Quando eu era jogador, minhas pernas amplificavam a minha voz".

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar! E zelar, claro, vem de ZL! É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovitao!

Fiel e alviverdes
Enquanto uma parcela golpista, fascista e acéfala da sociedade mugiu (em número bem abaixo do esperado pelo desgoverno) em manifestações antidemocráticas patrocinadas por cúmplices do genocídio, o Coletivo Democracia Corinthiana e o Porcomunas engrossaram o time da democracia no vale do Anhangabaú.

Daniel Alves
Não cabe neste espaço todo o meu desprezo, asco e nojo pela publicação nada surpreendente de Daniel Alves ao lado antidemocrático e rachadinho do desgoverno genocida e corrupto. Obrigado, Milly Lacombe, por traduzir tão bem no UOL o que penso no texto "Dani Alves pula nos braços do fascismo bolsonarista".

Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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