Falta remédio à base de canabidiol para esclerose múltipla na rede pública
Aposentada diz que o uso do medicamento mudou a vida de sua filha; estado não entrega remédio há 4 meses
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A aposentada Leni de Oliveira Sanches, 71 anos, de Santo André (ABC), reclama que, há quatro meses, espera a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo entregar um remédio à base de canabidiol para sua filha, que é portadora de esclerose múltipla.
“Ela já usa o medicamento há mais de um ano e tenho toda a documentação que me possibilita retirá-lo na farmácia de alto custo, mas, desde abril, a secretaria não entrega o remédio”, conta a aposentada.
Leni afirma que sem o remédio sua filha tem muita dificuldade para andar. “Depois que ela passou a usar esse medicamento, tudo mudou. Os sintomas da esclerose diminuíram e sua qualidade de vida aumentou. Tenho medo de ela perder tudo isso se ficar muito tempo sem o remédio.”
A leitora diz que cansou de ligar e ir pessoalmente até a farmácia em busca de uma previsão de entrega. “Eles só sabem dizer que eu tenho que aguardar a liberação da Anvisa, mas estou esperando há meses. A saúde da minha filha não pode esperar”, diz Leni.
Receita informa liberação
A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica do estado informa que a compra foi concluída e a fase atual é de desembaraço aduaneiro. A Receita Federal diz que sua alfândega no aeroporto de Guarulhos procurou a Anvisa para juntos esclarecerem o caso. Segundo eles, o desembaraço aduaneiro ocorreu no dia 21, e, desde então, o remédio está à disposição para ser retirado pelo importador, no caso, a secretaria de saúde.