Criminosos fraudam sistema da Previdência
Servidores do INSS, advogados e contadores incluíam contribuições falsas
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A Polícia Federal iniciou nesta segunda (23) a Operação Cronocinese, que investiga a participação de advogados, contadores e servidores do INSS em fraudes contra a Previdência.
Segundo a Polícia Federal em São Paulo, as fraudes possibilitaram a concessão de aposentadorias a quem informou vínculos de trabalho inexistentes por meio de guias de recolhimento de empresas inativas.
Foram investigadas centenas de benefícios, sendo que todos os requerimentos de aposentadorias com indícios de fraudes eram concentrados em seis servidores do INSS. As investigações indicam que eles aprovavam os pedidos sem conferir se obedeciam a requisitos previstos na legislação, como período de carência e análise de documentos.
Dois escritórios de contabilidade eram os responsáveis por inserir os dados falsos no sistema do INSS e pela transmissão das guias de recolhimento com períodos fictícios. A PF identificou ainda cinco advogados como responsáveis pela captação de clientes e pela formalização dos requerimentos de aposentadoria junto ao INSS.
Todos os benefícios suspeitos serão revisados administrativamente pelo INSS e poderão ter seus pagamentos suspensos.
De acordo com a polícia, o prejuízo foi de R$ 55 milhões, sendo que a estimativa de economia com a desarticulação do esquema é de R$ 347 milhões.
Os investigados poderão ser indiciados por organização criminosa, estelionato e inserção de dados falsos em sistemas de informação, cujas penas variam de 2 a 12 anos de reclusão.