A merendeira Maria de Lourdes Rodrigues, 62 anos, do Jardim Iva (zona leste), conta que, desde o mês passado, não consegue pegar fralda geriátrica para a sua mãe na UBS (Unidade Básica da Saúde) Jardim Grimaldi, localizada na mesma região onde mora.

“A falta começou no posto de saúde no dia 23 de novembro. Esse foi o primeiro dia em que estive lá e não recebi nada”, queixa-se a leitora à reportagem.

Maria de Lourdes afirma que liga para a UBS todos os dias, mas não obtém sucesso. “Também entro em contato uma vez por semana com a supervisão regional da saúde da Vila Prudente. Porém ambos informam a mesma coisa: que as fraldas estão em falta e que não há previsão de quando chegarão. A minha mãe precisa das fraldas. É um verdadeiro descaso com o idoso.”

A merendeira conta que a família está tendo que comprar o insumo nas farmácias particulares.
“O pacote de fraldas está saindo, em média, R$ 27. Fazemos um esforço, mas o fato é que ela tem direito a retirar essas fraldas gratuitamente. É injusto. Além do que ela utiliza outros medicamentos”, afirma.

Maria de Lourdes relata que sua mãe precisa de 13 pacotes de fraldas por mês. “Ela utiliza uma média de nove unidades por dia, pois toma medicamento diurético”, explica a merendeira à reportagem ao Agora.

“Não sei mais a quem recorrer. Por isso peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que essa situação seja resolvida de forma definitiva”, diz a leitora.

Secretaria entrega produto

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que já tomou as medidas necessárias para a compra emergencial de fraldas. Isso foi necessário, pois o processo licitatório regular para a aquisição do insumo na capital paulista foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Município. A pasta diz ainda que fez os esclarecimentos necessários para retomar o processo. A Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste afirma ter disponibilizado 117 unidades de fraldas para a munícipe.