Descrição de chapéu Defesa do Cidadão

Paciente reclama de falta de medicamento em UBS em SP

Aposentada conta que, desde março, não encontra Amitriptilina 25 mg nos postos de saúde

São Paulo

A aposentada Maria Abadia Martinelli, 75 anos, da Vila Izolina Mazzei (zona norte), conta que, desde março, falta a medicação Amitriptilina 25 mg nas UBSs (Unidade Básica de Saúde) Vila Izolina Mazzei e Carandiru, os postos de saúde mais próximos de sua residência. O medicamento é usado em tratamentos de depressão.

A leitora relata que tanto ela quanto o filho têm ido aos dois postos de saúde desde o início da pandemia do novo coronavírus, mas reclamam receber a mesma informação dos funcionários dos locais, ou seja, que o medicamento continua em falta.

Maria Abadia Martinelli afirma não conseguir retirar medicamento em UBS da zona Norte - Arquivo pessoal

“Quero saber quando essa situação será normalizada. Como faço tratamento psiquiátrico não posso ficar sem esse medicamento nenhum dia, quem dirá por meses. Por isso, desde então, estou tendo que comprá-lo”, queixa-se Maria Abadia à reportagem.

Ela conta que precisa tomar três comprimidos por dia.
Segundo a leitora, cada caixa vem com 30 comprimidos. Portanto, ela necessita de três caixas por mês ou 90 comprimidos.

“Estou pagando, em média, R$ 47 em cada caixa na farmácia. É um desrespeito o que estão fazendo comigo. Afinal, tenho direito de retirar na UBS. Para isso pagamos altos impostos. Com certeza há outros pacientes na mesma situação. Precisam desse medicamento e podem nem ter condições de comprar. Então, o que faz?”, questiona.

“Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que as devidas providências sejam tomadas.”

Secretaria entrega remédio

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que o filho da paciente retirou os 180 comprimidos do medicamento Amitriptilina 25 mg referentes ao tratamento de dois meses de sua mãe.

A pasta esclarece ainda que o motivo do atraso na entrega foi uma falta pontual do remédio, mas que o abastecimento já foi normalizado na rede de saúde.

Em novo contato com o Agora, o leitor confirmou a informação. “Conseguimos após muitas reclamações.”

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