O comunicador Silvio Silva, 45 anos, da Vila Isolina Mazzei (zona norte), conta que a UBS Vila Maria (zona norte) ficou dois meses sem fornecer fraldas geriátricas usadas pelo seu pai, de 86 anos, que tem Alzheimer e está internado numa casa de repouso próxima do local.

De acordo com o leitor, seu pai tem direito a 120 fraldas por mês, mas a UBS não as disponibilizou nos meses de julho e agosto.

“O argumento era que não tinham fraldas no tamanho M, usadas pelo meu pai, só P e G”, afirma.

As 120 fraldas são parte das 250 exigidas pela casa de repouso. Silva e os irmãos costumam comprar as 130 além das que são dadas pelo posto. Nesses meses, tiveram que arcar com os custos totais das fraldas.

“Já faltaram outras vezes. Não é comum, mas acontece. Esse ano faltaram por mais dois meses, além de julho e agosto”, reclama.

Até novembro do ano passado, o posto entregava as fraldas diretamente na casa de repouso, mas na época houve confusão e a família passou a retirar os produtos na UBS.

O comunicador reclama que a UBS não deu qualquer compensação pelos meses em que faltaram as fraldas. “Já sabemos que é assim. Se faltou, faltou, temos que comprar à parte”, conta.

Ele diz que se sente impotente diante da situação.“Eu acho que é falta de interesse do governo municipal mesmo”, reclama.

Secretaria entra em contato

A Secretaria Municipal de Saúde informa, em nota enviada por sua assessoria de imprensa ao Defesa do Cidadão, que lamenta o ocorrido e afirma que a entrega das fraldas do paciente foi regularizada em setembro.

Em novo contato com o Agora, o leitor confirma que a ouvidoria entrou em contato. Segundo Silva, a pessoa que fez o contato pediu para que a família fosse à farmácia do posto para retirar as fraldas geriátricas do mês no tamanho M, que foram deslocadas de outro posto para a UBS Vila Maria.

Silva afirma que nada foi dito a respeito dos dois meses em que não havia fraldas disponíveis, além da justificativa sobre a falta do tamanho usado pelo seu pai.

“Não falaram nada sobre os valores que gastamos ou se poderiam pagar em forma de novas fraldas”, reclama o comunicador.