Josefa Batista Falcão, 49 anos, afirma que a Enel não realizou a leitura da energia elétrica em sua casa durante alguns meses do ano passado por causa da pandemia. Ela questiona os valores cobrados e a falta de um parcelamento que se encaixe no orçamento da família.

“Apenas eu estou trabalhando em casa. Faço diárias, mas só recebo no final do mês. O meu marido está afastado, mas não recebe nada do INSS. A perícia deu alta, mas ele não tem a menor condição de trabalhar. Como vamos pagar uma parcela alta de acordo, a conta de luz do mês, além do aluguel, água etc?”

A moradora da Brasilândia (zona norte), relata que não recebeu nenhuma conta de luz em alguns meses de 2020, mas, em outubro, precisou fazer um acordo no total de R$ 1.270, dividido em dez parcelas, referente ao tempo não cobrado.

A leitora reclama do valor, pois pagava em média R$ 60 por mês de luz “Acabei aceitando para evitar o corte, mas não adiantou. Nunca mandaram um técnico para analisar o caso.”

Ela diz que, após três meses, a concessionária alegou quebra do acordo por falta de pagamento. “Não enviaram as contas a partir do quarto mês e não conseguimos falar com eles. Ficamos uma semana sem energia elétrica.”

Além disso, a diarista explica que passou a receber contas com valores diferentes, chegando a R$ 964,39 e R$ 1.307. “É uma injustiça. Fizemos um acordo. Disseram que pagaríamos o consumo do mês mais o acordo de R$ 127, mas agora mandam faturas acima de R$ 950.”

Distribuidora faz novo acordo

A Enel Distribuição São Paulo informa que, após análise, identificou que os valores cobrados estão corretos. No entanto, a empresa observou que o mês de novembro foi faturado pela cobrança mínima de 30 Kw/h, e a diferença foi incluída na fatura seguinte, de dezembro. Há ainda um parcelamento vigente, o que justifica o valor acima da média dos meses anteriores.

A distribuidora diz que propôs à cliente um novo acordo, além de religar emergencialmente o fornecimento.