A mudança da documentação após a compra de um veículo usado é uma questão simples, mas, para o publicitário Joel Deporte Severo, 59 anos, a questão se tornou uma grande dor de cabeça. Mais de 40 dias depois de dar entrada no processo, o morador de Perdizes (zona oeste) ainda não conseguiu ter o documento.

O novo proprietário fez todo o processo de forma digital, após a compra do carro em uma loja de seminovos. “Eu já tinha feito transferência de carros comprados de particulares, mas esse era o primeiro de uma loja”, conta o leitor.

Logo depois de iniciar o processo, ele se surpreendeu com a demora e a falta de retorno do Detran.SP sobre o assunto. “Parecia que cada hora era algo diferente. Primeiro, eles me pediram o contrato social da empresa; depois, ficaram um bom tempo sem dar uma reposta. Em seguida, acusaram uma multa que eu localizei e paguei”, diz ao Agora.

O leitor afirma que considerou todo o serviço péssimo. “Não dão feedback nenhum e todo o serviço é pelo computador. Sem atendimento telefônico ou presencial, parece que você fica falando com a máquina, que não consegue te ajudar”, afirma o consumidor.

Mesmo com a compra do novo carro e com o desembolso de uma taxa de R$ 322,90, valor da transferência de propriedade mais o licenciamento, Severo precisou permanecer com o automóvel na garagem.“No sistema, sempre consta ‘em análise’. Cheguei a entrar na Ouvidoria também. Fiz tudo o que um brasileiro desesperado faria.”

Detran emite novo documento

O Detran.SP informou, em nota enviada, que o veículo foi transferido para Joel Deporte. Sendo assim, o CRLV-e está disponível nos portais do Poupatempo e Detran.SP.

O órgão afirmou ainda que a transferência do automóvel não ocorreu antes porque o proprietário não havia enviado a nota fiscal do veículo. O leitor disse que esse foi o último documento solicitado, já que, inicialmente, foi enviado o contrato de compra e venda. Ele optou por terminar de resolver o caso com um despachante.