Telecentros têm computador antigo e internet lenta
Abrir email e carregar vídeos pode demorar muito tempo
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Os telecentros de São Paulo têm equipamento datado e internet lenta. É o que constatou o Vigilante Agora em visita a dez unidades da rede, mantida pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia da Prefeitura, na segunda-feira da semana passada.
O programa oferece acesso a computadores com internet em 132 postos espalhados por todas as regiões da capital. A qualidade do serviço encontrado, no entanto, foi avaliada como ruim. Em todos os computadores testados, operações simples como carregar emails podiam levar minutos, e a lentidão tornava inviável o uso de alguns programas nas máquinas.
Na Biblioteca Ricardo Lemos, na Vila Prudente (zona leste), o carregamento de vídeos era demorado e a exibição tinha qualidade ruim. No telecentro da Biblioteca Amadeu Amaral, na Saúde (zona sul), uma placa recomendava que se evitasse um determinado portal, pois poderia travar as máquinas.
Na mesma unidade, havia também um computador quebrado. O banheiro do local também tinha problemas: uma cabine interditada e, na outra, o vaso sanitário não tinha assento. No CEU Parque Bristol (zona sul), o problema era ainda mais grave: não havia acesso à internet no dia. “Não é tão comum cair a conexão, mas, quando acontece, demora muitas horas pra voltar ao normal”, disse uma funcionária do local.
A falta de informação também prejudica os usuários do sistema, ainda que a rede disponha de um site com horários e telefones dos postos. No Tendal da Lapa (zona oeste), por exemplo, a atividade é encerrada no começo da tarde, às 15h _três horas antes do que indica o site.
Também não há informação sobre a restrição de idade no Centro de Referência da Cidadania do Idoso, o que pode induzir confusões entre usuários. Lá, somente maiores de 60 anos podem usufruir do serviço.
Na Biblioteca Monteiro Lobato, o telecentro está inativo desde junho do ano passado, quando o local foi fechado para uma reforma. No início da semana passada, a informação faltava no site.
O número baixo de funcionários também pode prejudicar quem precisa do serviço. O telecentro do CEU Jaguaré (zona oeste), fechou às 14h, pois o responsável pelo turno da tarde tinha faltado no dia em que o Vigilante Agora esteve no local.
Resposta
Questionada sobre os problemas apontados na reportagem, a Secretaria de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), disse que busca ampliar continuamente a qualidade dos serviços ofertados pela rede de telecentros na capital. “Importante iniciativa de inclusão digital, o programa deverá passar por processo de modernização”, afirmou, em nota, a pasta.
A prefeitura também se comprometeu a reforçar com os administradores dos espaços onde funcionam os telecentros, todos localizados em equipamentos públicos, que se execute a manutenção necessária para resolver os problemas de infraestrutura detectados pelo Vigilante.
Em relação à qualidade dos links de internet, a pasta disse que enviaria equipes técnicas para checar a velocidade das conexões.
Não houve, entretanto, resposta sobre o motivo de algumas unidades funcionarem em horário diferente do que é indicado no site.