Programa da prefeitura para Wi-Fi Livre tem conexão lenta
Dos 20 pontos visitados, oito não estavam com sinal e outros oito eram devagar
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Diante do anúncio de expansão do programa Wi-Fi Livre da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), o Vigilante Agora testou o serviço oferecido em 20 pontos gratuitos de acesso à internet, em praças e parques distribuídos nas cinco regiões da cidade.
Utilizando uma ferramenta de teste de velocidade de conexão, verificou-se que em oito pontos não havia qualquer sinal, sendo três deles na região central.
Em outros oito, com o sinal disponível, a demora para fazer uma simples pesquisa no Google ultrapassava um minuto.
A gestão municipal diz que a velocidade mínima exigida em contrato com as operadoras do serviço é de 512 kbps. Considerando esse parâmetro, dos 12 locais com sinal, somente dois foram reprovados -praça João Tadeu Priolli (zona sul) e praça das Monções (zona norte). Esta velocidade, porém, não oferece qualidade mínima para navegação.
No plano de metas para o biênio 2019-2020, a gestão Covas anunciou a expansão do programa Wi-Fi Livre, iniciado durante a gestão de Fernando Haddad (PT).
Os atuais 120 pontos serão requalificados e modernizados. A previsão é que esta etapa seja concluída até setembro deste ano.
Além disso, serão criados outros 501 novos locais de acesso gratuito à internet, priorizando centros culturais, bibliotecas e pontos turísticos. No total, o Wi-Fi Livre deverá alcançar 621 localidades na capital.
Na última segunda-feira (20), o movimento na praça Sílvio Romero, no Tatuapé (zona leste), era grande. Este foi um dos quatro pontos testados pelo Vigilante onde o Wi-Fi já havia sido modernizado, e o sinal era bom. Poucas pessoas, entretanto, usufruíam do serviço gratuito.
"Eu não sabia que estavam trocando e não tenho o costume de usar, porque era muito ruim", disse a estudante Marina de Souza, de 17 anos. Na ocasião, ela usava o sinal oferecido pela sua operadora de telefonia móvel no celular.
Assim como Marina, outras seis pessoas ouvidas pela reportagem preferem pagar para ter acesso à internet do que utilizar o serviço gratuito.
Na praça Cornélia, na Lapa (zona oeste), alunos de uma escola particular disseram que a conexão ora é rápida, ora é lenta. "Prefiro nem perder o meu tempo", disse um dos jovens.
Na mesma região, as praças Benedito Calixto, em Pinheiros, e Conde Francisco Matarazzo, na Barra Funda, tinham pontos que não funcionavam.
A expansão do programa Wi-Fi Livre ocorre em parceria com operadoras de internet. Diferentemente do sistema anterior, para utilizar os novos pontos, os usuários precisam assistir a um comercial de trinta segundos, condição para que as empresas ofereçam o serviço sem cobrar da administração municipal.