Descrição de chapéu Centro

Prefeitura de SP anuncia projeto de revitalização do Arouche

Largo terá passeios, hortas e espaço para diversidade

São Paulo

A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (24) a revitalização da primeira etapa do largo do Arouche. O custo da obra, inspirada em praças francesas, a é de R$ 3,8 milhões, mas até agora foram arrecadados R$ 2,3 milhões. Segundo a prefeitura, toda a obra será bancada pela iniciativa privada. 

De acordo com o projeto, o espaço passará por mudanças no piso, terá palco com arquibancada, hortas comunitárias, áreas para idosos, crianças e para a comunidade LGBT. Uma das alterações é transformar a área do entorno da praça em um passeio com mesas e cadeiras. 

O secretário Municipal de Obras, Vitor Aly, destacou que uma das propostas é a criação de um grande boulevard de uso público. Segundo ele, a velocidade permitida na área será reduzida. 

“A sacada é fazer um traffic calming (tranquilidade do tráfego) como tem nas ruas da Champs-Élysées em Paris, priorizando os pedestres, nivelando o piso do local e tendo um trânsito em única faixa com velocidade reduzida”, disse o secretário. 

O prefeito Bruno Covas reconheceu que a obra está parada há um ano por falta de recursos. Segundo ele, somente agora a Câmara de Comércio França-Brasil conseguiu arrecadar os recursos em parceria com a Associação Viva o Centro. O prefeito afirmou que entregará a primeira etapa em quatro meses. 

“Estamos respeitando quem usa a praça. Respeitando também as ações do tombamento na parte geométrica que reproduzirá espaços de Paris”, disse Covas.

A segunda etapa, orçada em R$ 1,5 milhão, conta com revitalização do mercado das flores. 

O empresário Marcos Alexandre, que mora no bairro, destacou que a obra vai revigorar o comércio e atrairá mais público. “O largo do Arouche sempre foi um oásis do centro de São Paulo e estamos recebendo um presente da comunidade francesa.”  
 
Wemerson Alves Lima, do Conselho Estadual de Políticas LGBT, disse que é preciso preservar o espaço para a diversidade. “A nossa maior preocupação é que, além de ser uma praça, é um núcleo de resistência LGBT que ocupa o espaço para garantir seus direitos.”

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