Cohab denuncia corretor que vendia unidades em construção

Segundo a companhia, o corretor prometia compra direta com o proprietário

São Paulo

A Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação), órgão da gestão Bruno Covas (PSDB), denunciou à polícia um corretor de imóveis que intermediava ilegalmente a venda de unidades do conjunto habitacional Chafariz de Pedra, no Parque Boa Esperança, em São Mateus (zona leste). 

O prédio está sendo construído com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, do governo federal, e tem previsão de entrega para este ano.

Os 768 apartamentos, que serão destinados a moradores em áreas de risco já cadastrados pelo órgão, estavam sendo oferecidos em panfletos distribuídos perto da obra e por anúncios em grupos de WhatsApp.

Obras do conjunto habitacional Chafariz de Pedra, em São Mateus, na zona leste. O empreendimento beneficiará 768 famílias
Obras do conjunto habitacional Chafariz de Pedra, em São Mateus, na zona leste. O empreendimento beneficiará 768 famílias - Divulgação/Prefeitura de São Paulo

O corretor prometia compra direta do imóvel com o proprietário ao preço de R$ 165 mil, com entrega em novembro de 2019. De acordo com a proposta, o comprador deveria dar R$ 60 mil de entrada e poderia usar o carro como parte do pagamento.

O restante seria financiado em dez anos com parcelas de R$ 1.000 mensais. As negociações aconteciam na Vila Matilde (zona leste).

De acordo com a Cohab, a unidade vale R$ 127 mil, mas quando há recurso do PAC e as pessoas saem de áreas de risco o imóvel não é cobrado. 

Segundo o presidente da Cohab, Alexsandro Peixe Campos, a polícia chegou ao suspeito graças a informação de um morador que conhecia a campanha "Não Seja Enganado", da companhia, para alertar a população sobre os riscos de comprar imóveis habitacionais sem consultar o órgão. 

"Um funcionário do setor de patrimônio da Cohab entrou em contato com o número que constava nos anúncios e marcou encontro na imobiliária como interessado na compra de um dos apartamentos. Nós acionamos a polícia, que encaminhou o corretor à delegacia", afirmou Campos.

O caso foi registrado no 21 DP Vila Matilde como estelionato. Segundo a Secretaria de Segurança Pública ninguém foi preso. O nome do corretor não foi divulgado.

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