TCM fará auditoria em hospital por causa de remédio vencido
Sete mulheres receberam aplicações de anticoncepcional de lote fora da validade
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O TCM (Tribunal de Contas do Município) fará auditoria no Hospital Municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista (zona leste), para apurar o caso dos anticoncepcionais vencidos aplicados em sete mulheres, que tiveram recentemente seus filhos na maternidade pública.
O relator da área de saúde do órgão, o conselheiro Edson Simões, expediu a ordem de serviço para realização do procedimento com pedido de urgência.
A fiscalização técnica tem por principal objetivo verificar o prazo de validade dos implantes em estoque no hospital. O medicamento que evita gravidez foi utilizado com a data expirada em 4 de março, conforme a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB) admitiu em reportagem do Agora do último dia 22.
Entre as sete mulheres que tiveram o implante inserido em um dos braços embaixo da pele, ao menos uma delas, com 22 anos e moradora no Parque Paulistano, região de São Miguel Paulista, ainda continua com o dispositivo.
"Eu fui no hospital há uma semana, mas não conseguiram retirar. Fiquei quase uma hora lá e nada. Deram anestesia, mas senti o corte e comecei a gritar", contou a dona de casa nesta terça-feira (28), mãe de quatro crianças e que não será identificada.
Segundo a dona de casa, ela levou dois pontos no braço esquerdo, que está inchado. "Tenho dor e não consigo pentear o meu cabelo", diz. Ela teve uma menina dia 26 de abril na maternidade do hospital. O implante teria sido colocado dia 30. "Ninguém falou pra mim que o prazo estava vencido e por isso tinha de retirar esse negócio", afirma.
O Ministério Público também instaurou inquérito civil para investigar o caso.