Menores acusados de atacar professor vão para Fundação Casa
Justiça determina apreensão de três dos dez suspeitos de escola de Carapicuíba
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Três alunos, dos nove apreendidos como suspeitos de ameaçar uma professora e dos atos de vandalismo dentro da sala de aula na Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba (Grande São Paulo), no último dia 30, foram transferidos nesta quarta-feira (5) para um centro de internação provisória da Fundação Casa.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude do Fórum de Carapicuíba, Renato de Andrade Siqueira, determinou a internação provisória, por até 45 dias, dos três adolescentes. O Agora apurou que os alunos foram encaminhados para unidade do Brás (região central).
Os outros seis alunos apreendidos foram liberados aos pais pelo magistrado, após audiência na terça-feira (4) à noite.
O décimo adolescente que estaria envolvido na confusão foi identificado pela Polícia Civil, mas o juiz indeferiu o pedido de apreensão, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Os motivos da liberação não foram informados por se tratar de processo em segredo de Justiça, segundo o Tribunal de Justiça.
A promotora de Justiça da Infância e Juventude de Carapicuíba, Tatiane Villaverde Alves, vai recorrer da decisão do juiz nesta quinta-feira (6), junto ao tribunal. Ela quer que os dez alunos supostamente envolvidos sejam internados provisoriamente.
A representante do Ministério Público diz que “a gravidade da conduta não foi apenas pelos vídeos exibidos em rede nacional, mas, sobretudo, pela postura dos adolescentes e responsáveis legais na oitiva realizada na Promotoria de Justiça, além das irreparáveis consequências psicológicas nas professoras vitimadas pelo episódio”.
A professora de 45 anos teve um surto dias depois do episódio e está interna no Hospital do Servidor Público, em São Paulo.
Estado quer criar lei para punir alunos
O governo estadual, sob gestão João Doria (PSDB), estuda propor uma lei que responsabilize alunos ou seus responsáveis por danos materiais causados no ambiente escolar.
Pelo projeto, os responsáveis seriam obrigados a pagar, por exemplo, por mesas e carteiras danificadas. Situação ocorrida na escola de Carapicuíba.
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse que todos os envolvidos no caso passarão por atendimento psicológico individualizado.
“Mas já acionamos a Procuradoria-Geral do Estado para saber se legalmente os alunos ou pais deles poderão trabalhar na escola para reparar os danos causados. Pensamos mais na medida pedagógica do que na punição”, diz.