Polícia apreende 8 alunos suspeitos de agredir professora
Em vídeo, adolescentes arremessam carteiras, cadeiras e material na docente
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A Polícia Civil apreendeu em flagrante nesta segunda-feira (3) oito alunos adolescentes do 7º ano A da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba (Grande São Paulo). Eles são suspeitos de gritar e arremessar carteiras, cadeiras, livros e cadernos contra uma professora de português, 45 anos, em sala de aula, na última quinta-feira pela manhã (30).
Outros dois adolescentes suspeitos não foram localizados pela polícia. Nesta segunda-feira à noite, os oito apreendidos seriam encaminhados para exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e depois para Distrito Policial de Barueri.
Os adolescentes foram autuados por associação criminosa pelo delegado titular do 1º Distrito Policial de Carapicuíba, Marcelo José do Prado, segundo a Secretaria de Segurança Pública, da gestão João Doria (PSDB).
Os menores serão apresentados ao juízo da Vara da Infância e da Juventude nesta terça-feira (4).
Além da docente da escola, outros alunos da classe ficaram na linha de fogo dos colegas em ataque de fúria. Entre eles, duas irmãs gêmeas com problemas de visão - uma delas não enxerga, segundo o professor de matemática Fábio Santos, 42, diretor da subsede de Carapicuíba da Apeoesp (sindicato que representa a categoria).
A cena de vandalismo em sala de aula foi gravada pelo celular de um dos alunos e postada nas redes sociais. O Conselho Tutelar local, que tem sob sua jurisdição 57 escolas estaduais na região, além de municipais e particulares, também acompanha o caso que viralizou nos últimos dias.
Resposta
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, da gestão João Doria (PSDB), afirma, em nota, que "sete alunos foram identificados e suspensos" nesta segunda-feira (3). Os pais dos responsáveis foram chamados e o Conselho Tutelar acompanha o caso.
A pasta afirma ainda que o Conselho da Escola se reuniria no fim da tarde desta segunda-feira para deliberar as sanções quanto ao caso, e que poderia ser decidido até pela transferência compulsória dos estudantes envolvidos na ação.
No entanto, ao enviar a nota oficial às 19h41, não informou o desfecho da reunião ocorrida na escola.
Sobre a falta de funcionários no geral e de professores eventuais na escola, só diz que a unidade possui docentes eventuais para substituição, quando necessário.
A pasta não informou se as gêmeas com problemas de visão estavam em sala de aula no dia da confusão.