Polícia investiga se parque no ABC tinha estrutura para emergência
Mulher morreu ao cair de brinquedo; Cidade da Criança diz ter treinamento e ambulatório
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A polícia investiga se a Cidade da Criança, parque onde uma empregada doméstica morreu depois de ter caído de uma montanha-russa em miniatura conta com estrutura para atendimentos de emergência.
O caso ocorreu quarta-feira (24), em São Bernardo do Campo (ABC).
Segundo o bancário Marco Antônio Feitosa da Silva, 40 anos, ele não viu a queda de Ilma Pereira de Souza, também de 40 anos, do brinquedo chamado Brocumela, mas afirma ter acompanhado todo o atendimento prestado pelo parque, até a chegada de uma ambulância —que levou entre 20 minutos e 30 minutos, conforme a testemunha.
“Primeiro chegou um funcionário do parque, que ficou ao lado da vítima. Eu informei que minha mãe era técnica de enfermagem, mas não deixaram ela socorrer a moça”, disse. Silva estava no parque com a mãe, 57 anos, e a filha, de 10 anos.
Ilma caiu de uma altura de cerca de 1,5 metro, machucou a cabeça e, de acordo com laudo médico, morreu de politraumatismo no hospital Mário Covas, em Santo André (ABC).
O bancário disse que uma funcionária do parque teria afirmado que no local só havia gaze e soro para serem usados na vítima.
Segundo o delegado Alberto José Mesquita Alves, Ilma bateu a cabeça três vezes, em vigas de sustentação do brinquedo, antes de cair no chão.
“Nossa linha de investigação é descobrir se a vítima perdeu a consciência, antes de bater a cabeça, e por qual motivo. Além disso, verificar se o brinquedo era adequado para um adulto e se o atendimento feito, após a queda foi adequado”, afirmou.
Até esta quinta-feira (25), o parque não havia apresentado laudo de segurança à polícia, acrescentou o titular do 1º DP de São Bernardo do Campo.
O capitão Marcos Palumbo, dos bombeiros, afirmou que em locais com grande circulação de pessoas é importante que funcionários preparados para casos de emergências.
“Esses lugares precisam de brigada de incêndio, com pessoas treinadas para atender emergências como fraturas e hemorragias, por exemplo”, disse.
Ele acrescentou que para atendimentos de traumas, como o ocorrido com a doméstica, o parque deveria contar com equipamentos que garantam a imobilização da vítima.
Respostas
Em nota, o Parque Cidade da Criança afirmou que opera de acordo com todas as normas técnicas e de segurança. Possui ambulatório e profissional de saúde, além funcionários treinados para prestar primeiros socorros em caso de ocorrências.
Sobre a morte de quinta-feira, o parque diz que prestou atendimento à vítima imediatamente após o incidente, seguindo o protocolo de segurança do próprio parque. A nota diz que o Samu foi chamado prontamente. “Chegou em 20 minutos”, diz a nota.
A prefeitura de São Bernardo do Campo (ABC), gestão Orlando Morando Júnior (PSDB), afirmou que o Samu foi acionado às 11h10 para atender a doméstica. Acrescentou que o serviço demorou 15 minutos para chegar ao parque, estando “dentro da normalidade”.
“Todos os atendimentos foram prestados à vítima, que foi estabilizada e removida por uma segunda ambulância com UTI, que havia chegado ao local às 11h35.
A paciente deu entrada ao Hospital Estadual Mário Covas às 12h30”, afirma trecho de nota.