Passageiros da linha 10-turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que liga a região central de São Paulo ao ABC, reclamam da superlotação nos horários de pico, dos atrasos e das falhas constantes.
A falta de acessibilidade das antigas estações é outra dificuldade enfrentada pelos 390 mil usuários da linha, em especial pelos que têm deficiência física ou mobilidade reduzida.
O Vigilante Agora percorreu na última segunda-feira (15) o trecho entre as estações Tamanduateí e Rio Grande da Serra (ABC). Em algumas áreas, a velocidade é reduzida.
Além do trecho de trem, o Vigilante também circulou pelo Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus (zona leste) ao Jabaquara (zona sul), passando por Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema.
A superlotação dos trólebus foi motivo de reclamação dos passageiros. No total, foram dez estações percorridas, das quais nove na região do ABC. Alguns trechos do corredor apresentam buracos e rachaduras, o que causa mais trepidação quando o trólebus passa.
A melhora e ampliação no transporte do ABC é uma antiga reivindicação dos moradores da região.
No início do mês, o governador João Doria (PSDB) anunciou a construção de um BRT (sigla em inglês, para transporte rápido por ônibus) para região no lugar do monotrilho.
Segundo o projeto da linha 18-bronze do ABC, o novo modal de transporte sairá de São Bernardo e irá até a estação Tamanduateí, com capacidade para até 340 mil passageiros por dia.
Isso que não conforta hoje a ex-pesquisadora Vera Lucia Campos, 63 anos, que uma vez por semana sai do bairro Santa Cecília, no centro da capital, onde mora, para ir ao Fórum de São Caetano. Na estação local, enfrenta 30 degraus para chegar à rua, uma vez que não existe elevador. “É uma odisseia para uma pessoa que é cardíaca e diabética. Tomo 12 comprimidos por dia”, afirma Vera Lucia.
Resposta
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), do governo João Doria (PSDB), disse que as estações de Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, da linha 10-turquesa, estão em obras para instalar os itens de acessibilidade. “As demais também serão contempladas e nesse período os agentes operacionais estão habilitados para auxiliar as pessoas”, diz em nota.
A CPTM ressalta que as estações apontadas foram construídas em uma época em que a acessibilidade não era uma preocupação.
Sobre a superlotação, a companhia diz que a concentração de passageiros nos horários de pico ocorre em todos os meios de transporte, em “decorrência da similaridade dos horários de trabalho”.
A EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano), também do governo Doria, diz que acompanha o trabalho contínuo de manutenção do Corredor ABD nos reparos de pavimentação e concretagem. Disse ainda que intensificará a fiscalização da limpeza dos banheiros, que sofrem ação de vândalos, e fará a reposição dos materiais.
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