Morte de idosos por atropelamento aumenta em SP

De janeiro a agosto, houve 101 casos, ante 91 no mesmo período de 2018

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São Paulo

A Semana da Mobilidade 2019, promovida pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, se encerrou nesta quarta-feira (25) com dados preocupantes em relação aos pedestres da capital acima dos 60 anos de idade.

De acordo com o Infosiga SP, sistema de dados gerenciado pelo programa Respeito à Vida, do governo estadual, de janeiro a agosto 101 idosos morreram atropelados na capital, uma elevação de mais de 10% diante dos 91 mortos no mesmo período do ano passado.

Para especialistas em trânsito, o aumento na expectativa de vida da população não tem sido acompanhado de técnicas para manter a capacidade de visão e de reação como a de um jovem diante do risco nas ruas e avenidas. 

"O fundamental é fazer o motorista respeitar a faixa de pedestre", diz Creso de Franco Peixoto, professor de engenharia civil na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e na Unicamp (Universidade de Campinas).

"O que precisa é panfletar [campanhas], conceituar [educação de trânsito] e enfiar a mão no bolso do motorista que insiste avançar na faixa", diz. 
Medidas adotadas por outras metrópoles, como Londres, afirma, podem ser adotadas, como reduzir a velocidade para 30 km/h nas vias e iluminação específica nas laterais das faixas de pedestres.

Resposta

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, gestão Bruno Covas (PSDB), diz que lançou o Plano de Segurança Viária -- Vida Segura, que está em execução desde abril e que "utiliza como premissa o conceito de Visão Zero de que nenhuma morte é aceitável no trânsito".

Neste sentido, foi criado, por exemplo, o programa Pedestre Seguro, que está ampliando em 20%, em média, o tempo da travessia nos cruzamentos semafóricos da capital.
 

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