Bares tradicionais ainda mantêm as portas abertas

Bar Léo e Elidio somam décadas de atendimento

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Elaine Granconato
São Paulo

Na contramão dos bares tradicionais que fecham, como o Bar do Alemão, alguns ainda conseguem manter a tradição e a fiel clientela na capital paulista.

O Bar Léo, na rua Aurora, 100, na Santa Efigênia (centro), resiste ao tempo há 79 anos. Até chegou a fechar suas portas por seis meses em 2010, mas deu rasteira na crise e se reinventou, segundo o gerente Sergio Silva, 50 anos.

Bar Léo, inaugurado em 1940 na rua Aurora, 100. Folhapress/Rivaldo Gomes

Bar Léo, inaugurado em 1940 na rua Aurora, 100. Folhapress/Rivaldo Gomes

Os tiradores de chopp Joaquim Fernando (a esq.) e Edson Oliveira dos Santos, no Bar Léo, mostram com os dedos a altura correta de um bom colarinho. Folhapress/Rivaldo Gomes

Bar Léo, inaugurado em 1940 na rua Aurora, 100. Folhapress/Rivaldo Gomes

O gerente Sergio Silva (à direita), ao lado dos funcionários no Bar Léo, um dos mais tradicionais da cidade e que ainda resiste ao tempo. Folhapress/Rivaldo Gomes

Mesa de petiscos do Bar do Elídio, na Mooca (zona leste). Folhapress/Rivaldo Gomes

Petiscos do Bar do Elídio, na Mooca (zona leste). Folhapress/Rivaldo Gomes

Inaugurado em 1959, o bar do Elídio tem suas paredes repletas de camisas de futebole fotografias. Folhapress/Rivaldo Gomes

Tradicional mesa de petiscos do Bar do Elídio, na Mooca (zona leste). Folhapress/Rivaldo Gomes

As irmãs Celeste, Suzete e Solange Raimondi comandam o Bar do Elídio após a morte do pai. Folhapress/Rivaldo Gomes

As irmãs Celeste, Suzete e Solange Raimondi comandam o Bar do Elídio após a morte do pai. Folhapress/Rivaldo Gomes

Funcionário por três décadas no bar, Joaquim Fernando, 56 anos, auxiliado por Edson Oliveira dos Santos, 60 anos, são os responsáveis em tirar o chope perfeito, cartão-postal da casa.

Quando inaugurado, o bar não abria aos domingos. Era determinação do então dono Hermes de Rosa, ex-vice-presidente do Corinthians, morto em 2003. O motivo era único e sagrado: dia em que seu time de coração jogava.

As irmãs Celeste, Suzete e Solange Raimondi comandam o Bar do Elídio, após a morte do pai - Rivaldo Gomes/Folhapress

Do lado da Mooca (zona leste), o Elidio Bar mantém as tradições da família de italianos desde 1959. Hoje, a terceira geração toca a casa, após a morte de Elidio Raimondi, aos 76 anos, em maio de 2012.

"Empreender é inovar. A clientela mudou. Temos de manter a qualidade defendida por meu pai, mas trazer novidades", diz Celeste Raimondi, que toca o bar junto das irmãs Solange e Suzete.

O que reforça Cairê Aoas, 35 anos, do Grupo Fábrica de Bares. "Temos de tornar contemporâneo, mas preservando a essência", afirma. Ele administra 16 locais, entre eles, Bar Brahma, Bar Léo e Bar Riviera.

Bares tradicionais em funcionamento

Elidio Bar 

  • Rua Isabel Dias, 57 - Mooca (zona leste) 
  • Fundado em 1959, hoje com 60 anos
  • Destaque: porções variadas no balcão, feijoada artesanal e bolinho do Elidio

Bar Léo 

  • Rua Aurora, 100 - Santa Ifigênia (centro) 
  • Desde 1940, hoje com 79 anos 
  • Destaque: cultura alemã com pratos típicos e chope considerado um dos melhores da cidade 

Bar Brahma 

  • Av. São João, 677 - República (centro)
  • Administrado pelo grupo Fábrica de Bares 
  • Aberto em 1948, com 71 anos hoje 

Riviera Bar 

  • Av. Paulista, 2.584 - Cerqueira César (centro)
  • Inaugurado em 1949 
  • Destaque: drinques sofisticados e o prato steak tartare (bife tártaro) 

Valadares 

  • Rua Faustolo, 463 - Lapa (zona oeste) 
  • Desde 1962, hoje com 57 anos 
  • Destaque: petiscos clássicos, como o jiló em conserva, a batatinha na farofa de mandioca (serragem) e a empada cremosa de palmito

Bar do Luiz Fernandes 

  • Rua Augusto Tolle, 610. Mandaqui (zona norte) 
  • Destaque: bolinho basco 
     

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