Polícia prende 41 pessoas em rinha de cães na Grande SP
Entre os detidos estão um policial militar e um médico veterinário
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A polícia fechou uma rinha clandestina de cães, na noite deste sábado, em Mairiporã (Grande SP). Ao todo, foram presas 41 pessoas, entre elas um médico veterinário e um policial militar. Além disso, 17 cães da raça pit bull foram resgatados. Uma carcaça de cachorro também foi encontrada no local.
A Polícia Militar esclarece que se comprovar a participação de algum membro da instituição, "adotará as medidas legais cabíveis."
A polícias do Paraná e de São Paulo se uniram para fazer a batida no local, onde estaria ocorrendo um “campeonato internacional” de brigas entre cães, que seriam fornecidos por um suspeito do Paraná.
De acordo com a polícia, 26 lutas entre cães estariam previstas para ocorrer no local. Todos os animais resgatados apresentavam ferimentos, em alguns casos profundos. Neste tipo de luta, alguns cães chegam a morrer.
Além dos cachorros, a polícia também apreendeu envelopes com anotações de apostas, celulares, troféus, camisetas do “evento”, planilhas sobre lutas, medicamentos ilegais, seringas e outros insumos hospitalares que seriam usados nos animais.
Quando a polícia chegou ao local, alguns suspeitos correram para uma região de mata, onde três foram capturados posteriormente. Dos 41 detidos, ainda segundo a polícia, havia um americano, dois peruanos, dois mexicanos, um policial militar, além de dois médicos, sendo um deles veterinário.
No dia do flagrante, a polícia informou sobre a prisão de 38 pessoas. O número foi atualizado para 41 posteriormente. A defesa dos suspeitos não foi encontrada pela reportagem.
Os cães foram resgatados e mantidos sob escolta policial, até que sejam transferidos para um local adequado.
A reportagem apurou que, no local, havia a carcaça de um cachorro, assada em brasa. A carne do animal estaria sendo oferecida a outros cães para, segundo a polícia, “instigá-los” para as lutas.
Todos os detidos foram indiciados pelo crime de maus tratos a animais, resistência e contravenção penal de aposta em jogo de azar. Todos permaneciam à disposição da Justiça até a publicação desta reportagem.
Dois menores, de 14 e 16 anos, estariam no local, segundo a polícia, levados pelo pai.