PM é preso suspeito de matar idoso durante briga de vizinhos na Grande SP
Soldado teria sufocado vítima até a morte depois de discussão por causa de água
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Um soldado da Polícia Militar de 30 anos foi preso, nesta quinta-feira (27), suspeito de matar seu vizinho, um idoso de 67 anos, por conta de uma discussão por causa de água, em Itapecerica da Serra (Grande SP).
O policial passou por audiência de custódia, nesta sexta-feira (28), e permanece detido no presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista. Ele foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A vítima, identificada somente como Armando, procurou a delegacia de Itapecerica há cerca de duas semanas, quando afirmou que o soldado havia entrado em sua casa e o ameaçado com uma arma de fogo.
Dias depois, ainda de acordo com a polícia, a vítima retornou ao distrito “completamente machucado” afirmando que havia sido agredido pelo policial.
No início desta semana, o idoso desapareceu. Por conta disso, a Polícia Civil intimou o PM a prestar depoimento, durante o qual ele teria confessado ter matado o idoso.
Em seu depoimento, o PM afirmou que não havia água potável em sua casa. Por conta disso, ele usava um poço, que ficava no quintal da casa da vítima. O PM alegou que era “tratado muito mal” pelo idoso, quando o policial ia pegar água na casa do vizinho.
Nesta semana, a data não foi informada, a vítima, ainda segundo o soldado, teria partido para cima do policial com uma faca. Por conta disso, acrescentou o suspeito, ele deu um mata-leão no idoso, que acabou morrendo.
Após o homicídio, o PM afirmou que jogou o corpo da vítima em uma fossa, que fica na casa do policial e a cobriu com uma placa de concreto.
A reportagem apurou que o soldado já respondia a outro processo na corregedoria da corporação, para ser expulso da PM, no qual ele é suspeito pelo desaparecimento de um veículo apreendido que sumiu de um pátio.
Resposta
A SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), afirmou que o policial permanece preso no presídio militar Romão Gomes. Ele ingressou na PM em 2013.
“O autor do crime confessou os fatos e indicou o local onde estava o corpo da vítima. Ele foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver”, diz trecho da nota.